FONTE: Monique Zagari Garcia (corpoacorpo.uol.com.br).
Listamos alguns sinais que denunciam a gravidade de uma dor de cabeça e exigem intervenção médica imediata. Fique atenta!
Sabe aquela dor de cabeça que às vezes surge e acaba com nosso dia? É preciso estar alerta aos seus sintomas, pois em alguns casos a mesma pode sinalizar um problema agudo que exige intervenção médica imediata. “Existem alguns tipos de dor de cabeça mais preocupantes, e por isso é fundamental estar atenta ao padrão da dor, sua evolução no tempo, os sintomas associados e o contexto que gerou seu aparecimento”, ressalta Leandro Teles, neurologista (SP).
Abaixo, selecionamos alguns dos sinais que representam a gravidade de uma dor de cabeça. Caso apresente algum deles, não hesite em procurar a ajuda de um especialista. Mas lembre-se: essas são dicas gerais e não regras absolutas. “Independente de qualquer critério, sempre que a dor de cabeça incomodar muito e prejudicar a rotina, não deixe de procurar ajuda especializada para se certificar do diagnóstico e iniciar o tratamento o quanto antes”, orienta Marcelo Queiroz, chefe do Ambulatório de Dor do Hospital São Camilo (SP).
Dor de cabeça súbita.
Trata-se de uma dor de cabeça repentina, explosiva, que atinge seu ápice de intensidade em poucos segundos. “Esse quadro é muito preocupante. Para o médico que escuta esse tipo de queixa, fica o receio da ruptura ou distensão de um aneurisma cerebral (que é uma dilatação de uma artéria que pode eventualmente rompem durante a vida). As dores mais comuns e benignas geralmente começam mais leves e a intensidade aumenta progressivamente”, explica Leandro.
Dor de cabeça com sintomas neurológicos associados.
A dor veio acompanhada de outro sintoma neurológico focal? Procure um médico imediatamente, pois nesses casos, o receio é que existam alguns fatores que causam a dor e alteram a função de alguma parte do cérebro, como tumores, abscessos, sangramentos, isquemias e trombose. “É importante atentar para fraqueza muscular em alguma parte do corpo, alteração de sensibilidade ou visual, confusão mental e dificuldade para falar ou caminhar”, destaca Leandro.
Dor de cabeça com sinais de infecção.
Dores de cabeça associada com quadros de febre, dores no corpo, náuseas, dificuldade de movimentar o pescoço, manchas pelo corpo e calafrios podem denunciar meningite, abscesso cerebral, sinusite e dengue. “Infecções mais leves também podem causar dores de cabeça e mal estar, como gripes e diarreias virais, mas nesses casos o médico saberá como diferenciá-las”, assegura Leandro.
Dor de cabeça que surge durante esforço físico ou atividade sexual.
“Em casos em que a dor teve seu início durante o esforço ou atividade sexual, novamente surge o temor da distensão ou ruptura de um aneurisma cerebral (o esforço aumenta a pressão nesse vaso e pode predispor ao seu rompimento). Identificada essa associação temporal entre a atividade e o início dos sintomas, uma investigação mais detalhada precisa ser feita para tranquilizar o médico e o paciente”, esclarece o neurologista.
Dor de cabeça em pessoas mais debilitadas.
De acordo com Leandro, dores de cabeça que surgem em idosos, gestantes, crianças e pessoas com antecedentes de tumores, problemas de coagulação e imunidade baixa merecem atenção especial. “A fragilidade desses pacientes torna a ocorrência de um problema mais preocupante ainda mais provável em relação à população geral. Por isso, nesses casos, todo o cuidado é pouco”, alerta.
Dor de cabeça progressiva.
“Caracterizada por dores diárias que pioram a cada dia, esse tipo de evolução é típico de lesões que ocupam espaço dentro do crânio, como tumores, trombose venosa e abscesso. Esse comportamento não é tão comum para enxaquecas e dores de cabeça tensionais, que geralmente mostram períodos de piora intercalados com melhora ou, eventualmente, uma dor de cabeça diária, mas estável (não progressiva)”, diz Leandro.
Dor de cabeça após traumatismo craniano.
Os traumas podem causar inchaço, contusões e sangramentos dentro e em torno do cérebro. “As pessoas mais propensas a complicações de trauma são os idosos, as crianças e os alcoólatras”, aponta Leandro. O especialista recomenda que fique atenta a dores que ocorram fora do local exato da batida, sintomas neurológicos como confusão e sonolência, secreção saindo do ouvido ou pelo nariz após a pancada e hematomas atrás da orelha ou abaixo dos olhos (sinais de traumas mais intensos).
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