FONTE: TRIBUNA DA BAHIA.
Até o dia 10 de abril, meninas de 11 a 13
anos de todo o Brasil devem ser vacinadas contra a HPV, o papilomavírus humano.
No ano que vem, a faixa etárias das garotas a serem imunizadas vai abaixar para
os 9 anos. Muitas pessoas, no entanto, ainda não entendem o porquê de medicar
garotas contra uma DST (doença sexualmente transmissível) quando elas ainda nem
iniciaram a vida sexual. Ou o porquê da doença ser tão perigosa a ponto de
causar uma mobilização tão grande. Por isso, o iGirl falou com especialistas e
responde as sete perguntas mais frequentes sobre a enfermidade que atinge 80%
das garotas sexualmente ativas do país.
1- O que é HPV?
“É o papilomavírus humano (HPV é a sigla em inglês), que age na pele e nas mucosas do corpo. Há, atualmente, mais de 100 tipos diferentes deste vírus”, explica a Dra. Graciela Morgado, membro da Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia e diretora da clínica Invita. Segundo o Dr. Jean Gorinchteyn, infectologista do hospital Emilio Ribas, há quatro variações clinicamente mais importantes: as números 6, 11, 16 e 18. “As duas primeiras são responsáveis pelo aparecimento de verrugas nas genitais e as duas últimas são ligadas a casos de câncer no colo do útero”, fala o médico.
“É o papilomavírus humano (HPV é a sigla em inglês), que age na pele e nas mucosas do corpo. Há, atualmente, mais de 100 tipos diferentes deste vírus”, explica a Dra. Graciela Morgado, membro da Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia e diretora da clínica Invita. Segundo o Dr. Jean Gorinchteyn, infectologista do hospital Emilio Ribas, há quatro variações clinicamente mais importantes: as números 6, 11, 16 e 18. “As duas primeiras são responsáveis pelo aparecimento de verrugas nas genitais e as duas últimas são ligadas a casos de câncer no colo do útero”, fala o médico.
2- Como é transmitida?
A HPV é mais conhecida como uma DST (doença
sexualmente transmissível), mas, segundo alguns médicos, também pode acontecer
a transmissão pelo contato. “Se uma menina [portadora do vírus] empresta uma
calcinha para outra sem lavar, a chance de contaminação não é pequena”, fala
Dr. Jean. Já o infectologista Paulo Ouzon, da Universidade Federal de São Paulo
(Unifesp), discorda. “É uma doença que ataca as mucosas, é muito difícil
transmiti-la através do contato”.
3- Quais são os sintomas?
Há dois tipos de manifestação: o surgimento de uma verruga na região genital ou uma fissura quase invisível no colo do útero. “A lesão parece uma crista de galo e pode aparecer na vulva, no pênis, no ânus ou dentro da vagina”, explica a ginecologista Graciela. “Já o tipo mais agressivo, que pode causar o câncer, surge dentro da menina e ela não sente nada”. Por isso, é muito comum a menina ter o vírus e não saber. “A grande maioria das mulheres não tem sintomas”, diz Jean Gorinchteyn. “O HPV geralmente só é detectado em exames de rotina, quando eles percebem algumas alterações e fazem uma biópsia do local”.
Há dois tipos de manifestação: o surgimento de uma verruga na região genital ou uma fissura quase invisível no colo do útero. “A lesão parece uma crista de galo e pode aparecer na vulva, no pênis, no ânus ou dentro da vagina”, explica a ginecologista Graciela. “Já o tipo mais agressivo, que pode causar o câncer, surge dentro da menina e ela não sente nada”. Por isso, é muito comum a menina ter o vírus e não saber. “A grande maioria das mulheres não tem sintomas”, diz Jean Gorinchteyn. “O HPV geralmente só é detectado em exames de rotina, quando eles percebem algumas alterações e fazem uma biópsia do local”.
4- Qual é o tratamento?
O tratamento para HPV é feito de acordo com o caso, por isso é um trabalho bastante difícil. “Sendo o vírus de alto risco, que ataca o colo do útero, a garota pode fazer cauterizações ou um procedimento cirúrgico com laser. O mesmo pode ser feito em lesões externas”, fala Graciela. Mesmo depois de passar pelas intervenções e de a verruga desaparecer, a HPV pode voltar a se manifestar. “A pessoa pode ficar com a imunidade baixa e a doença retornar”, fala a ginecologista. Por isso, o ideal é investir na prevenção. “Porque é uma doença bastante difícil de diagnosticar e de cuidar”, alerta Dr. Jean.
O tratamento para HPV é feito de acordo com o caso, por isso é um trabalho bastante difícil. “Sendo o vírus de alto risco, que ataca o colo do útero, a garota pode fazer cauterizações ou um procedimento cirúrgico com laser. O mesmo pode ser feito em lesões externas”, fala Graciela. Mesmo depois de passar pelas intervenções e de a verruga desaparecer, a HPV pode voltar a se manifestar. “A pessoa pode ficar com a imunidade baixa e a doença retornar”, fala a ginecologista. Por isso, o ideal é investir na prevenção. “Porque é uma doença bastante difícil de diagnosticar e de cuidar”, alerta Dr. Jean.
5- Por que é tão
perigosa?
“A HPV ataca as células do corpo e, como auto-defesa, elas se modificam, surgindo uma lesão. É neste processo que pode ocorrer uma mutação e desenvolver um câncer”, fala o infectologista do hospital Emilio Ribas. A ligação entre a DST e a origem de tumores em lugares como o pênis e intestino deixa os médicos e especialistas preocupados. “Em 95% dos casos, o HPV está associado ao surgimento do câncer no colo do útero”, conta Gorinchteyn. Segundo a Dra. Graciela Morgado, é preciso tomar bastante cuidado com este tumor. “É comprovado que ele é o segundo mais comum entre as mulheres. O primeiro é o de mama”. “Assim, como é um vírus que pode provocar um câncer é bom tomar bastante cuidado”, finaliza Dr. Paulo Ouzon.
“A HPV ataca as células do corpo e, como auto-defesa, elas se modificam, surgindo uma lesão. É neste processo que pode ocorrer uma mutação e desenvolver um câncer”, fala o infectologista do hospital Emilio Ribas. A ligação entre a DST e a origem de tumores em lugares como o pênis e intestino deixa os médicos e especialistas preocupados. “Em 95% dos casos, o HPV está associado ao surgimento do câncer no colo do útero”, conta Gorinchteyn. Segundo a Dra. Graciela Morgado, é preciso tomar bastante cuidado com este tumor. “É comprovado que ele é o segundo mais comum entre as mulheres. O primeiro é o de mama”. “Assim, como é um vírus que pode provocar um câncer é bom tomar bastante cuidado”, finaliza Dr. Paulo Ouzon.
6- Por me vacinar se
ainda não iniciei minha vida sexual?
Segundo a ginecologista Graciela, é muito comum uma garota acabar se deparando com o vírus e nem ficar sabendo. “Ao longo da vida sexual, ela tem 80% de chances de ter contato com um dos tipos de HPV”. Assim, a prevenção através da vacina se torna crucial, principalmente em meninas dos 11 aos 13 anos. “Nesta idade elas respondem melhor imunologicamente e o fato de ainda não terem iniciado a vida sexual melhora a defesa”, fala Paulo Ouzon. “A eficácia é de 98,8%”, diz Morgado. “Mas o efeito dessa vacina será visto apenas daqui 10, 20 anos, quando houver a diminuição da incidência de câncer no colo do útero”.
Segundo a ginecologista Graciela, é muito comum uma garota acabar se deparando com o vírus e nem ficar sabendo. “Ao longo da vida sexual, ela tem 80% de chances de ter contato com um dos tipos de HPV”. Assim, a prevenção através da vacina se torna crucial, principalmente em meninas dos 11 aos 13 anos. “Nesta idade elas respondem melhor imunologicamente e o fato de ainda não terem iniciado a vida sexual melhora a defesa”, fala Paulo Ouzon. “A eficácia é de 98,8%”, diz Morgado. “Mas o efeito dessa vacina será visto apenas daqui 10, 20 anos, quando houver a diminuição da incidência de câncer no colo do útero”.
7- Além da vacina, há
outro jeito de se prevenir?
A camisinha ainda é o jeito mais comum de evitar a contaminação por uma DST. “É a forma mais completa, mas ainda não garante 100% de proteção”, afirma Ouzon. “Dependendo da localização da lesão [no menino], o preservativo não a cobre”. Por isso, o melhor jeito é a garota estar sempre em dia com exames ginecológicos como o teste de papanicolau. “É importante frisar que, mesmo vacinada, a menina precisa continuar fazendo as avaliações preventivas, porque há mais de 100 tipos de vírus da HPV, então ela pode entrar em contato com algum que não esteja na medicação”, ressalta Dra. Graciela Morgado. “Com a vacina você não evita, mas a diminui a incidência da DST”, diz Dr. Jean Gorinchteyn.
A camisinha ainda é o jeito mais comum de evitar a contaminação por uma DST. “É a forma mais completa, mas ainda não garante 100% de proteção”, afirma Ouzon. “Dependendo da localização da lesão [no menino], o preservativo não a cobre”. Por isso, o melhor jeito é a garota estar sempre em dia com exames ginecológicos como o teste de papanicolau. “É importante frisar que, mesmo vacinada, a menina precisa continuar fazendo as avaliações preventivas, porque há mais de 100 tipos de vírus da HPV, então ela pode entrar em contato com algum que não esteja na medicação”, ressalta Dra. Graciela Morgado. “Com a vacina você não evita, mas a diminui a incidência da DST”, diz Dr. Jean Gorinchteyn.
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