FONTE: Cinthia Meibach (www.universal.org).
Muitas vezes o comportamento soa como comum para
alguns pais.
Quando a criança começa a conversar com um amigo
imaginário, muitas vezes tal comportamento soa como comum para alguns pais, que
até preferem que os filhos brinquem com alguém invisível a que corram risco com
os amigos reais.
O assunto também é tratado como inofensivo por profissionais
de psicologia e visto como algo que até pode estimular a criatividade de quem
alimenta essa amizade.
Mas há quem acredite que essa experiência transpõe o
campo comportamental e psicológico e é consequência de um contato sobrenatural,
quando espíritos de pessoas que já morreram tentam se comunicar com crianças
para consertar algo que ficou pendente em vida.
A assistente administrativa Janaina Rosolen Santos, de 20
anos, revela que dos 8 aos 14 anos teve como único amigo uma criança
imaginária, que ia crescendo à medida que ela crescia. Ela dá detalhes sobre
essa fase de sua vida e também revela se os resultados dessa vivência foram
positivos ou não. Confira.
“Eu sempre fui uma criança muito fechada e sozinha. Aos 8
anos, comecei a ter um amigo imaginário. Ele era um menino que vivia vestido de
preto, mas eu não conseguia ver o rosto dele. Ele falava comigo e eu desabafava
sobre minha solidão. Era tudo muito real.
As conversas aconteciam sempre à noite. No começo, ele
mais me ouvia do que falava. Esse amigo também participava das brincadeiras que
eu queria. Porém, com o passar do tempo, ele começou a me falar coisas ruins.
Dizia que a minha mãe não gostava de mim, que ela na verdade nunca tinha me
amado e que a vontade dela era de que eu morresse.
Essas palavras mexeram muito comigo. Embora eu não
tivesse coragem de contar para ninguém de dentro de casa, eu tentei contar para
uma coleguinha de escola o que estava acontecendo. Ela, coincidentemente,
também tinha tido a mesma experiência e me aconselhou a ficar calma, porque era
algo normal, garantindo que quando eu crescesse ele sumiria.
Esperei até os 14 anos, mas ele não sumiu. Pelo
contrário, começou a me pressionar, dizendo que eu deveria ficar com ele. Para
isso, ele dizia que eu precisava me matar, mas antes deveria também matar a
minha mãe.
Quando eu recusava fazer o que me pedia, outros
‘espíritos de crianças’ vinham para me humilhar, enviados por ele. Era algo assustador.
Um dia, convencida de que eu deveria atender ao pedido do
meu amigo, eu peguei uma faca e fui até a cama da minha mãe, que estava
dormindo. Estava pronta para atacá-la, mas me dei conta da gravidade do ato que
estava prestes a cometer, então, saí correndo de volta para o meu quarto.
Ele não gostou nada de eu ter fraquejado. Então começou a
dizer que estava na hora de eu partir com ele. Foi então que eu peguei a faca e
tentei cortar o meu pulso. Fiz força, mas não conseguia chegar ao fim. Desisti.
Ele, na hora, irado, desapareceu.
Depois de tudo isso, decidi buscar ajuda espiritual, pois
até na escola eu estava indo mal, porque os espíritos não me deixavam dormir.
Busquei a Deus. Foram dois anos de dedicação intensa a orações, num processo de
limpeza da minha alma e mente. Graças a Deus, aquele suposto amigo, que na
verdade era meu inimigo, me deixou livre. Hoje entendo que a minha mãe sempre
quis o meu bem, que aquelas palavras negativas que ele havia me dito sobre ela
eram falsas. Também não sou mais uma pessoa solitária e fechada. Tenho paz e
não vejo mais nada sobrenatural.”
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