Você sente muita fome
quando está sob pressão? Não é à toa. O estresse é um dos responsáveis
por aumentar os níveis da grelina, apelidada de "hormônio da fome" e
produzida quando nosso estômago está vazio.
Um grupo de cientistas
australianos quis entender como o estresse crônico agia nos problemas de
fertilidade das mulheres. Eles suspeitavam que o aumento da grelina era uma das
causas.
Durante a pesquisa, publicada pelo Jornal
de Endocrinologia, eles descobriram que, quando induzido pelo estresse, este
hormônio era responsável por diminuir o número dos folículos primordiais, os
óvulos imaturos das mulheres.
"Como a grelina
está tão ligada à fome e à alimentação, essas descobertas sugerem amplamente
que nossos hábitos alimentares podem modificar os efeitos do estresse sobre a
fertilidade, embora precisemos fazer mais trabalhos para avaliar isso",
afirmou Sarah Spencer, uma das autoras da pesquisa, ao site da Universidade
RMIT, onde a pesquisa foi conduzida.
Como
chegaram a estas descobertas.
Um grupo de ratas foi
submetido a 30 minutos diários de estresse crônico por quatro semanas.
Outro
grupo permaneceu sem este estresse induzido.
As ratas expostas ao
estresse crônico tinham significativamente menos folículos primordiais.
Porém, quando os
pesquisadores bloquearam o efeito da grelina, o número de folículos primordiais
era normal, apesar da exposição ao estresse
Embora este trabalho
tenha sido feito apenas com em ratos, há muitas semelhanças com os seres
humanos nas respostas ao estresse, bem como em muitas fases do desenvolvimento
e da função reprodutiva.
"Esses achados
sugerem que elevações da grelina induzidas por estresse crônico podem ser
prejudiciais para a maturação do folículo ovariano", conclui o estudo.
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