Uma equipe de
pesquisadores descobriu que a preferência por certos pronomes pode dar algumas
pistas sobre como as pessoas tendem a se relacionar. Pessoas que costumam evitar
relações mais sérias, por exemplo, tendem a não usar com muita frequência a
palavra “nós”.
Essa dificuldade de se
ligar intimamente é uma característica conhecida como “apego evitativo”.
Segundo uma teoria adotada por psicólogos e psiquiatras, essa tendência costuma
se desenvolver cedo, quando a criança, por suas experiências, entende que não
pode contar com os pais ou cuidadores. Esses indivíduos podem ter problemas,
mais tarde, para se envolver em relacionamentos românticos.
A mesma teoria ainda inclui
ao “apego seguro”, quando a pessoa se sente aceita e valorizada, e o “apego
ambivalente ou ansioso”, quando há insegurança sobre o sentimento do outro, o
que pode levar à dependência emocional. Por último, há indivíduos que uma hora
demonstram carência e, de repente, resolvem se distanciar.
Os pesquisadores, da
Universidade da Califórnia, analisaram um conjunto de sete estudos, que
envolveram 1.400 observações sobre a relação entre o uso de pronomes ao
descrever experiências românticas e os diferentes estilos de apego. Os
resultados foram publicados na revista Social Psychological and
Personality Science.
Outros estudos já
fizeram associações ou uso de pronomes e revelações interessantes sobre as
pessoas. Segundo eles, quem abusa do “eu” é mais autocentrado ou pode estar com
depressão. Já quem está mentindo tende a evitar a primeira pessoa do singular.
Para quem morre de vontade de saber se está sendo correspondido, um pouco de
ciência pode ajudar.
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