segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

ADEUS CELULAR VELHO...

FONTE: Elielson Barsan (TRIBUNA DA BAHIA).
Ano novo, celular novo. Mais potentes e multifuncionais, em média, a cada dois anos, operadoras de telefonia móvel e fabricantes, apoiados em acordos comerciais, lançam novos celulares no mercado e estimulam o abandono de aparelhos considerados ultrapassados. E hoje, em todo o país, sete operadoras controlam um segmento que cresce em números – entre 15% e 25% ao ano – e tecnologia. São 190 milhões de brasileiros e 170 milhões de aparelhos, uma densidade de 87,30 celulares/100 habitantes. Com as vendas ampliadas durante as festas de final de ano, qual destino dar aos aparelhos, baterias e acessórios após a troca por um modelo mais novo?
Em Salvador, Tribuna foi às ruas conferir se as pessoas sabem o que fazer com o celular antigo. “Se não servir para outra pessoa, imagino que devo jogá-lo no lixo”, diz a vendedora Fabiana Lima, 26. “Tenho, praticamente, uma coleção de aparelhos em casa. Esta em desuso, mas também não tenho ideia do que devo fazer com ela. Acredito que jogar no lixo deve ser prejudicial”, reflete o bancário André Luís Cerqueira, 31.
De acordo com a Resolução 257/99 do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama), é de obrigação dos fabricantes e importadores a implantação de sistemas de reutilização, reciclagem, tratamento ou disposição final destes produtos. Apesar de terem um aporte de publicidade bilionário – beiram R$2 bi/ano, suficiente para inserções de peças em rádio, revistas, jornais, internet e televisão –, as prestadoras investem apenas 2% em reciclagem.
Sem uma comunicação eficiente junto aos consumidores, as operadoras acabam entrando numa espécie de linha cruzada. Conectado com a Resolução 257, o Instituto de Defesa do Consumidor (Idec), reafirma que a responsabilidade sobre o descarte desse material não é apenas do poder público. “Ela tem de ser compartilhada entre o governo, as empresas e os consumidores. Mas esta última classe depende dos outros dois para agirem, seja no que diz respeito a ter um local para entregarem aparelhos e baterias, ou quanto em serem informados sobre essas possibilidades”.
Cerca de 40 milhões de aparelhos e acessórios são aposentados anualmente, contribuindo para com a geração de 500 mil toneladas de lixo eletrônico no Brasil. No quesito campanhas publicitárias sobre a reciclagem dos aparelhos e acessórios – que chega até 80% dos materiais retornando ao mercado para a produção de outros produtos –, a Vivo chegou a veicular no início deste ano um anúncio de um minuto sobre o assunto. Para atender o programa “Vivo Recicle seu celular”, segundo a assessoria da operadora, há em todo o país 3,4 mil urnas de coleta espalhadas nas lojas próprias e revendas exclusivas.
Ainda segundo a Vivo, após o descarte realizado pelo cliente, os materiais coletados são transportados para centros de armazenamento, vendidos para empresas de reciclagem eletrônica e toda renda é revertida para o Instituto Ipê. A revenda dos produtos é feita em outros mercados fora da América Latina. Até setembro deste ano, a operadora coletou 815 mil aparelhos e mais de 2,1 milhões de itens. A prestadora informa sobre reciclagem nas faturas dos clientes pós-pagos e envia SMS aos que trocaram de aparelho recentemente.
APARELHO USADO NO LIXO COMUM É IGUAL A PREJUÍZO.
Em 2008, a Tim, em parceria com o Banco Real, implantou o programa “Papa-pilhas” para recolhimento e encaminhamento destes materiais para reciclagem. Atualmente, a operadora conta com postos coletores do “Papa-Pilhas” em todas as sedes. Nas demais lojas da Tim no Brasil, é utilizado o programa “Recarregue o Planeta”, com pontos para o recolhimento de aparelhos celulares, baterias e acessórios, totalizando 100% das lojas com postos de coleta.
Segundo a operadora, até hoje, já foram recolhidas mais de 17 toneladas de material. A Tim garante que os materiais depositados recebem a destinação de acordo com as normas ambientais. A divulgação dos programas se faz por meio de divulgação com folhetos explicativos em todos os pontos de vendas, entre colaboradores da Tim (intranet) e por prospectos enviados juntamente com as contas para clientes pós-pago. Em linha similar, trabalham a Oi e a Claro. Todas as operadoras disponibilizam informações sobre os programas de reciclagem, bem como locais de descarte em suas páginas na internet.
O material predominante na composição de um aparelho celular é o plástico (50%). Mas outros componentes reúnem cobre (15%), cerâmica e vidro (15%), cobalto, lítio e carbono (cada um 4%), além de metais ferrosos (3%). Ainda fazem parte da composição cádmio, chumbo, cromo, estanho, prata, tântalo e até traços de ouro.
Descartar um aparelho no lixo é deixar que ele se decomponha por ação da natureza. Contudo, os elementos que compõem esses produtos – a maioria metais pesados –, são altamente perigosos para a saúde dos seres vivos. A exposição da saúde humana à altas doses de lítio, por exemplo, pode causar problemas na tireóide e rins. Em 2008, a Tim, em parceria com o Banco Real, implantou o programa “Papa-pilhas” para recolhimento e encaminhamento destes materiais para reciclagem. Atualmente, a operadora conta com postos coletores do “Papa-Pilhas” em todas as sedes. Nas demais lojas da Tim no Brasil, é utilizado o programa “Recarregue o Planeta”, com pontos para o recolhimento de aparelhos celulares, baterias e acessórios, totalizando 100% das lojas com postos de coleta.
Segundo a operadora, até hoje, já foram recolhidas mais de 17 toneladas de material. A Tim garante que os materiais depositados recebem a destinação de acordo com as normas ambientais. A divulgação dos programas se faz por meio de divulgação com folhetos explicativos em todos os pontos de vendas, entre colaboradores da Tim (intranet) e por prospectos enviados juntamente com as contas para clientes pós-pago. Em linha similar, trabalham a Oi e a Claro. Todas as operadoras disponibilizam informações sobre os programas de reciclagem, bem como locais de descarte em suas páginas na internet.
O material predominante na composição de um aparelho celular é o plástico (50%). Mas outros componentes reúnem cobre (15%), cerâmica e vidro (15%), cobalto, lítio e carbono (cada um 4%), além de metais ferrosos (3%). Ainda fazem parte da composição cádmio, chumbo, cromo, estanho, prata, tântalo e até traços de ouro.
Descartar um aparelho no lixo é deixar que ele se decomponha por ação da natureza. Contudo, os elementos que compõem esses produtos – a maioria metais pesados –, são altamente perigosos para a saúde dos seres vivos. A exposição da saúde humana à altas doses de lítio, por exemplo, pode causar problemas na tireóide e rins.

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