FONTE: Janio Lopo (TRIBUNA DA BAHIA).
O ministro Paulo Vannuchi, da Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República é um criador de caso. No íntimo não quer perceber que, ao ressuscitar os mortos, estará enterrando os vivos. Ele confunde a sua pasta com a Santa Inquisição. Só que ao invés de mandar à fogueira os hereges e os maus cristãos, ele teima em criar um campo de concentração minado e com câmeras de gás para sufocar um acontecimento devidamente sepultado e definitivamente registrado na história como exemplo jamais a ser repetido.
O companheiro Vannuchi trabalha para se apurar as mortes e os desaparecimentos de presos políticos durante o período da ditadura militar. Por ele, reabre-se todo um baú de péssimas recordações inclusive para os chamados revolucionários que, em nome de um ideal inalienável que é a liberdade, pegaram em armas, assaltaram bancos, sequestraram ou planejaram o sequestro de magnatas da época e, como em toda guerra, tiveram suas baixas. Morreram e mataram.
O regime democrático foi instituído há duas décadas. De lá para cá, além do fortalecimento das instituições, buscou-se apurar em detalhes as atrocidades patrocinadas pelos militares. Boa parte das famílias que teve seus membros mortos e “sumidos” no período negro da história deste país foi indenizada pelo Estado. Vários processos ainda estão sendo analisados. Anistiaram-se os banidos. Parcela considerável deles hoje participa ativamente da vida política brasileira ocupando cargos estratégicos.
A ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, candidata de Lula à Presidência da República, veio da guerrilha, expôs a vida em assaltos, para a compra clandestina de armas para combater os “milicos”. Tudo por um ideal. Ela e tantos outros. O próprio Lula ficou preso um mês por insuflar greves. Os artífices do golpe de 64 – ou sua esmagadora maioria – estão mortos e alguns de seus familiares reivindicam o mesmo tratamento dado hoje aos “terroristas” de ontem.
Se há, efetivamente, fatos novos a serem apurados, o governo do PT ( podia ser do DEM, PP ou do PC do B) tem mais é que cair fundo e não só localizar como punir os torturadores. Mas, aparentemente pelo menos, não há motivo para caça às bruxas. Os militares cumprem suas obrigações constitucionais apesar das restrições financeiras e humanas. Não há por que mexer na merda se sabe que ela vai feder. Esta, aliás, é uma das lições de Lula. Nenhum de nós se sentirá à vontade sob a perspectiva de viver na bosta.
Não podemos em hipótese alguma esquecer os dias e noites tortuosos que abalaram o país a partir de 1964 e que duraram até 1985. Mas está na hora de olharmos para frente na expectativa de construirmos um Brasil verdadeiramente de todos nós. Quanto ao ministro Vannuchi, alguém precisa lhe dizer que a questão dos direitos humanos é mais ampla do que ele próprio deve imaginar. Seria prudente que ele interviesse no governo que representa onde sobram problemas umbilicalmente ligados ao não cumprimento de princípios básicos dos direitos humanos – os índios, os negros, os pobres, os gays, as putas e os presos diariamente colocados no pau-de-arara (o ministro sabe o que é isso?) que o digam.
O ministro Paulo Vannuchi, da Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República é um criador de caso. No íntimo não quer perceber que, ao ressuscitar os mortos, estará enterrando os vivos. Ele confunde a sua pasta com a Santa Inquisição. Só que ao invés de mandar à fogueira os hereges e os maus cristãos, ele teima em criar um campo de concentração minado e com câmeras de gás para sufocar um acontecimento devidamente sepultado e definitivamente registrado na história como exemplo jamais a ser repetido.
O companheiro Vannuchi trabalha para se apurar as mortes e os desaparecimentos de presos políticos durante o período da ditadura militar. Por ele, reabre-se todo um baú de péssimas recordações inclusive para os chamados revolucionários que, em nome de um ideal inalienável que é a liberdade, pegaram em armas, assaltaram bancos, sequestraram ou planejaram o sequestro de magnatas da época e, como em toda guerra, tiveram suas baixas. Morreram e mataram.
O regime democrático foi instituído há duas décadas. De lá para cá, além do fortalecimento das instituições, buscou-se apurar em detalhes as atrocidades patrocinadas pelos militares. Boa parte das famílias que teve seus membros mortos e “sumidos” no período negro da história deste país foi indenizada pelo Estado. Vários processos ainda estão sendo analisados. Anistiaram-se os banidos. Parcela considerável deles hoje participa ativamente da vida política brasileira ocupando cargos estratégicos.
A ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, candidata de Lula à Presidência da República, veio da guerrilha, expôs a vida em assaltos, para a compra clandestina de armas para combater os “milicos”. Tudo por um ideal. Ela e tantos outros. O próprio Lula ficou preso um mês por insuflar greves. Os artífices do golpe de 64 – ou sua esmagadora maioria – estão mortos e alguns de seus familiares reivindicam o mesmo tratamento dado hoje aos “terroristas” de ontem.
Se há, efetivamente, fatos novos a serem apurados, o governo do PT ( podia ser do DEM, PP ou do PC do B) tem mais é que cair fundo e não só localizar como punir os torturadores. Mas, aparentemente pelo menos, não há motivo para caça às bruxas. Os militares cumprem suas obrigações constitucionais apesar das restrições financeiras e humanas. Não há por que mexer na merda se sabe que ela vai feder. Esta, aliás, é uma das lições de Lula. Nenhum de nós se sentirá à vontade sob a perspectiva de viver na bosta.
Não podemos em hipótese alguma esquecer os dias e noites tortuosos que abalaram o país a partir de 1964 e que duraram até 1985. Mas está na hora de olharmos para frente na expectativa de construirmos um Brasil verdadeiramente de todos nós. Quanto ao ministro Vannuchi, alguém precisa lhe dizer que a questão dos direitos humanos é mais ampla do que ele próprio deve imaginar. Seria prudente que ele interviesse no governo que representa onde sobram problemas umbilicalmente ligados ao não cumprimento de princípios básicos dos direitos humanos – os índios, os negros, os pobres, os gays, as putas e os presos diariamente colocados no pau-de-arara (o ministro sabe o que é isso?) que o digam.
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