terça-feira, 12 de janeiro de 2010

A POLÍTICA QUE MATA...

FONTE: Janio Lopo (TRIBUNA DA BAHIA).

Não é que eu não goste de esportes, mas falta-me habilidade para tratar do tema. No entanto, tenho entrado de gaiato no navio toda vez que a questão assume caráter eminentemente político-partidário. Fico furioso porque sempre achei que uma atividade tão nobre não merece ser enlameada por partidos e até mesmo por interesses eleitoreiros.
Estou sabendo, por exemplo, que o Bahia pode ser penalizado politicamente em função de seu presidente Marcelo Guimarães Filho ser deputado federal pelo PMDB e estar atrelado a uma outra candidatura ao governo do Estado. Mesmo torcedores do time hoje assessores diretos e indiretos do governador Jaques Wagner, que é Bahia, estariam propensos a darem um banho de cuia em Marcelinho.
Vamos acompanhar até onde essa versão da história é verdadeira. Perguntei ao vice-presidente do clube, Ivan Durão, o que, afinal, está acontecendo. Eis algumas colocações por ele feitas e que – me parece – são dignas de registro.
“A ausência de planejamento tem sido apontada como uma das causas principais para os seguidos anos de insucesso do Bahia. Uma falha que tende a ser superada na temporada 2010, com as ações já empreendidas e as que estão em andamento por parte da Diretoria. Entretanto, se por um lado planejamento representa a estruturação de ações num contexto racional, estabelecendo-se prioridades e metas viáveis, respeitando-se os limites das possibilidades materiais, por outro lado, essa expressão não pode ser interpretada como uma barreira à necessária ousadia que permita ir além do convencional.
Então, como proceder no sentido de compatibilizar planejamento e a necessária ousadia?”E complementa: “Ações a serem propostas no sentido de compatibilizar planejamento e a necessária ousadia para a formação e manutenção de um time à altura das tradições do Bahia têm que ter como parâmetros a força da sua torcida e a representatividade do nome do clube. São esses os capitais que podem permitir à Diretoria investir num planejamento acima das condições materiais disponíveis no presente.
O segmento de marketing é indiscutivelmente o que melhor pode responder a essa expectativa, sugerindo ações que, tendo como foco o potencial de contribuição dos milhões de torcedores do Bahia e a história do clube, podem prover os recursos materiais necessários para conduzi-lo a um novo ciclo vitorioso.
As propostas que estão sendo discutidas têm o objetivo de contribuir para estimular o surgimento de um movimento capaz de “recontagiar” a torcida do Bahia com o orgulho vencedor que sempre a caracterizou, a partir de ações de mercado que, ao mesmo tempo, possam gerar receita para a sustentabilidade do clube. Bahia de novo campeão, conquistando novos títulos, escrevendo novos capítulos de glória.
O Bahia forte, guerreiro, supervencedor. O Bahia do torcedor que não perde a fé, porque, acima de tudo, o seu coração é Bahia. É necessário desencadear um movimento que possa entusiasmar a torcida e gerar o clima de vitória que vai marcar a arrancada do clube para as novas conquistas”.

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