quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

SUSPENSA A ALTA DO MENINO TORTURADO COM AGULHAS...

FONTE: Carolina Parada (TRIBUNA DA BAHIA).
Depois de uma semana cheia de especulações em torno da alta médica do menino M.S.A., que tinha dezenas de agulhas espalhadas pelo corpo, a coordenadora do Serviço de Cardiopediatria do hospital, Isabel Guimarães, revelou ontem à tarde que a criança ficará internada por mais 15 dias. A Assessoria de Comunicação do Hospital Ana Neri (HAN) informou que a criança se recupera bem das cirurgias, mas que a data da saída dela do hospital ainda não foi definida pela equipe médica.
De acordo com informações dos médicos, M. continua internado na enfermaria, se alimenta normalmente, brinca, tem melhorado significativamente sua condição psicossocial, e continua sendo acompanhado por uma equipe multidisciplinar, formada por pediatras, cirurgiões, psicólogos e assistentes sociais. Durante os próximos 15 dias de internação passará por novos exames e fará uso de medicamentos para a sua total recuperação.
A Assessoria de Comunicação assegurou que a data da alta médica ainda não está definida, mas será anunciada com antecedência, acrescentando que na ocasião a equipe médica concederá uma entrevista coletiva para falar sobre o estado de saúde da criança e como será o tratamento dela após a alta. O menino saiu da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) no último dia 30 e passou o Réveillon com familiares no hospital.
A criança está internada desde o dia 17 de dezembro na unidade e num intervalo de apenas dez dias foi submetido a três intervenções cirúrgicas para retirada de agulhas que ameaçam o coração, um pulmão, bexiga, intestino e coluna cervical. No total, foram retirados 19 objetos e fragmentos metálicos e pelo menos outros 12 ainda estão no corpo da criança, mas por não oferecerem riscos imediatos, serão retirados mais tarde. Segundo os médicos, ele vai precisar de acompanhamento durante cinco anos.
O ex-padrasto do menino, Roberto Carlos Magalhães Lopes, 30, que confessou ter cometido o crime, e sua amante, Angelina Capistana Ribeiro, apontada por ele como cúmplice da tortura, permanecem presos à disposição da Justiça. Na semana passada, eles foram indiciados por tentativa de homicídio qualificado e podem pegar 20 anos de prisão caso sejam condenados.

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