FONTE: ANAHAD O'CONNOR, DO "NEW YORK TIMES" (www1.folha.uol.com.br).
É possível que os filhos de mulheres que estão acima do peso ou obesas quando engravidam se tornem mais propensos a desenvolver asma na adolescência, mostra um novo estudo.
As descobertas, publicadas na revista "The Journal of Epidemiology & Community Health", podem indicar mais uma consequência das altas taxas de obesidade mundial.
Os cientistas documentaram diversas complicações cuja possibilidade de ocorrência é maior nas mulheres que estavam obesas no período anterior a gravidez, entre eles, um risco maior de gravidez prematura.
O número total de casos de asma aumentou de forma significativa em todo o mundo desde os anos 1970. No último estudo, pesquisadores da Inglaterra e da Finlândia procuraram investigar se a tendência à obesidade participou desse aumento, focando aproximadamente 7.000 adolescentes nascidos no norte da Finlândia.
Os pesquisadores perguntaram às mães das crianças sobre o seu estilo de vida e histórico. Além disso, eles coletaram o histórico médico detalhado do pai e da mãe das crianças, incluindo registros médicos anteriores à gestação.
Os pesquisadores descobriram que, para os adolescentes nascidos de mães que estavam acima do peso ou obesas pouco antes de engravidar, a possibilidade de ter asma ou um histórico de dificuldade para respirar era 20% a 30% maior.
Além disso, os adolescentes cujas mães tinham o maior peso antes de engravidar estavam aproximadamente 50 vezes mais propensos a ter um histórico de dificuldade severa em respirar.
Pesquisas anteriores mostravam que o excesso de peso durante a gestação podia aumentar os níveis de leptina, hormônio que se liga aos receptores do pulmão do feto.
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