quarta-feira, 31 de agosto de 2011

O MUNDO QUE EU DESEJO...

É frequente, não raro mesmo, ouvirmos das pessoas reclamações a respeito do mundo em que vivemos, lamúrias e queixas a respeito da sociedade contemporânea.

Várias são as vezes em que as pessoas se reúnem para se queixar dos dias cada vez piores, segundo elas. E às vezes somos nós mesmos a iniciar a lista de reclamações e queixas.

Gostaríamos de dias com mais honestidade, reclamam uns. Outros desejariam uma sociedade mais pacificada, menos violenta, menos agressiva.

Tantos outros gostariam de ter relações sociais permeadas com mais paciência, solidariedade, compreensão.

Nada mais compreensivo para esses dias que se mostram tão desafiadores e tão contrastantes.

Porém, antes de iniciarmos a elencar tudo o que desejaríamos para nossa sociedade, há que se perguntar: O que vimos oferecendo para o mundo em que vivemos?

Se desejamos um mundo honesto, a honestidade deve iniciar-se em nós. Se nos choca ver políticos a desviarem verbas e valores que não são seus, o que falar quando nos evadimos da padaria ou do supermercado com troco a mais, levando um dinheiro que não nos pertence?

Se reclamamos da falta de honestidade dessa ou daquela pessoa, precisamos pensar quantas vezes não somos os primeiros a ensinar ao filho os caminhos da mentira, pedindo-lhe para afirmar ao telefone ou à porta da residência que não nos encontramos.

Não nos causam mais forte comoção a violência do mundo, as guerras, lutas de gangues, o barateamento da vida que tomba pelas armas de fogo, pelos motivos mais banais.

Só não podemos esquecer que, muitas vezes, somos nós a semear a discórdia, a guerra e a malquerença no ambiente de trabalho ou na própria família.

A sociedade é o retrato dos seus habitantes. São os Espíritos reencarnados, com seus valores e vivências, que fazem os dias que ora vivemos.

E se fomos convidados pela Providência Divina a reencarnar em dias tão desafiadores é porque eles nos oferecem lições valiosas.

Talvez se faça necessário vivenciar os extremos da violência para nos decidirmos a implantar a paz em nosso agir.

Ou talvez seja necessário o cansar da desonestidade que permeia a tudo, para revermos os valores pelos quais nos conduzimos, e decidirmos resolutamente pelo bem.

Não vivemos nesses dias que se passam por mero acaso Divino. Essa sociedade que se nos oferece é a oportunidade que a vida nos dá para os melhores aprendizados para a alma.

E se hoje percebemos que não nos servem mais os valores e conceitos que o mundo ainda elege por padrão, que se inicie em nós a mudança para uma sociedade melhor.

Ninguém pode exigir da vida aquilo que ainda não lhe oferece. Logo, elejamos os valores pelos quais queremos que o mundo caminhe, e iniciemos os primeiros movimentos para tal.

Tomemos os valores que desejamos para o mundo e comecemos a sua vivência. Não tardará que outros, admirados pela nossa coragem e disposição, principiem a sua trajetória. De início, tímida e silenciosa.


Mas será através da mudança da intimidade de cada um de nós que o mundo, definitivamente, irá mudar.

Redação do Momento Espírita.

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