Há sempre os que afirmam que ameaçar o criminoso com a morte tem o dom de mudar sua disposição, refreando-lhe os impulsos, pelo temor de sofrer a penalidade fatal.
Apoiados neste entendimento, defendem com vigor a pena de morte como a solução ideal para aliviar a pesada carga social de crimes e criminosos.
O doutor Yan Stevenson, da Universidade da Virgínia, conhecido mundialmente por suas pesquisas em torno da reencarnação, teve oportunidade de dialogar com um jovem do Ceilão, que nasceu com marcas profundas pelo corpo.
Uma enorme cicatriz no peito e o braço direito atrofiado por completo. Tem ele recordações muito nítidas de trechos de sua vida anterior.
Recorda-se de ter vivido antes no próprio Ceilão. Lembra-se de, conforme rezam as tradições daquele país, ter contraído matrimônio civil com uma jovem e marcado a data para a realização da cerimônia religiosa para alguns meses depois.
Nesse período de tempo começou a construir a casa para onde deveria levar sua esposa e passou a sonhar com uma vida de muita felicidade.
Contudo, com o passar do tempo, a moça apaixonou-se por outro rapaz e pediu o rompimento do compromisso.
O jovem abandonado tomou-se de revolta e planejou terrível vingança. Mataria a noiva infiel e culparia o seu próprio rival. Assim pensou e assim fez.
Numa noite escura, protegido pelas sombras, ele a apunhalou certeiramente no coração.
Mas, foi visto por testemunhas. Foi preso, julgado e condenado a morrer pela forca.
Renasceu como filho de seu irmão e, além da problemática física, também tinha lembranças atormentadoras do momento em que se faziam testes com a forca para ver se funcionava bem.
Lembrava-se ainda dos dias que passou no presídio e que antecederam sua morte.
A esse jovem, que tão bem recorda de sua morte na forca e a causa que a originou, perguntou o pesquisador doutor Yan Stevenson: Se voltasse a acontecer com você o que aconteceu no passado, como você procederia?
O rapaz respondeu prontamente: Com toda a certeza, voltaria a matar.
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Verdadeiramente, sacrificar a vida do criminoso não o educa, nem o regenera.
A educação ou a reeducação é um processo lento, que não se realiza sem afeto e dedicação.
Processo que se exterioriza nos atos do ser, mas que tem sua origem na intimidade da criatura.
Para acabar com o crime, a violência, há que se percorrer o longo caminho da educação, que demanda esforço, dedicação e tempo. No entanto, exatamente como a medicação correta, agirá atacando o mal pela raiz, porque modifica a causa do problema e o transforma.
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Na Bíblia encontramos anotações que nos informam que o Pai não quer a morte do pecador, mas sim a do pecado.
Na Bíblia encontramos anotações que nos informam que o Pai não quer a morte do pecador, mas sim a do pecado.
E essa afirmação nos diz exatamente o caminho que devemos seguir quando pensamos em acabar com o mal que tanto nos aflige.
Redação do Momento Espírita, com base no item A morte não muda ninguém, do jornal Correio Fraterno do ABC, de novembro de 1998.
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