FONTE: CLÁUDIA COLLUCCI, ENVIADA ESPECIAL A WASHINGTON (www1.folha.uol.com.br).
Relatório anual da Human Rights Campaign, o maior grupo de defesa dos direitos dos homossexuais nos EUA, revela que está aumentando o número de hospitais americanos que adotam políticas que proíbem a discriminação contra pacientes gays, lésbicas, bissexuais e transsexuais.
Segundo dados parciais do relatório, divulgado nesta semana, 95% de uma amostra de 400 hospitais e clínicas nos EUA já incluíram em suas políticas internas regras explícitas contra a discriminação.
Entre elas está o direito à visitação a parceiros do mesmo sexo.
Em 2010, 90% das instituições não tinham nenhuma orientação formalizada a respeito disso.
Naquele ano, o presidente Barack Obama determinou que os hospitais criassem políticas internas banindo qualquer ato discriminatório baseado em orientação sexual e identidade de gênero.
Em janeiro do ano passado, uma lei federal estabeleceu que todos os hospitais do país permitissem que seus pacientes escolhessem os seus visitantes e vetou, explicitamente, a discriminação por conta da orientação sexual.
A maior organização de acreditação nos EUA, a Joint Commission, também criou regras com o mesmo propósito.
Mesmo assim, denúncias de discriminação contra homossexuais ainda persistem. Em novembro de 2011, por exemplo, Kathryn Wilderotter sofreu um acidente de carro e foi internada no Hospital Adventista Washington, em Maryland.
Ao tentar visitá-la, Linda Cole, sua companheira há 11 anos, teve o seu o direito negado porque o hospital não a reconheceu como membro da família.
"Discriminação durante uma emergência médica é uma das mais graves formas de preconceito que os homossexuais ainda sofrem. Precisamos combatê-la insistentemente até que esse direito faça parte da rotina das instituições de saúde", afirmou Joe Solmonese, presidente da Human Rights Campaing.
Nenhum comentário:
Postar um comentário