terça-feira, 4 de setembro de 2012

AINDA HÁ RISCO DE FALTAR REMÉDIO...


FONTE: Nelson Rocha, TRIBUNA DA BAHIA.

                
O fim da greve dos funcionários da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), que durou quase um mês e prejudicou atendimentos em hospitais e laboratórios do país, faz com que aos poucos o abastecimento de remédios e produtos químicos necessários em procedimentos médicos se normalize.

Entretanto, no final da tarde de segunda (03), a Secretaria de Saúde do Estado informou à Tribuna, através de comunicado: “o risco da falta de alguns medicamentos ainda permanece. A Anvisa acelerará a liberação dos medicamentos e insumos para que a falta destes itens seja regularizada e o impacto da falta de novos itens seja minimizado”.

Já a Anvisa agora se ocupa em organizar o acúmulo gerado ao longo da paralisação. Conforme o diretor presidente da agência, Dirceu Barbano, a entrada de medicamentos e produtos para a saúde, via portos e aeroportos, deverá estar normalizada entre 10 e 15 dias.

“Estamos reorientando o pessoal para forças-tarefa em pontos estratégicos, no sentido de muito rapidamente tirar dos postos alfandegários os produtos que possam estar retidos, gerando problemas de abastecimento”, disse Barbano.

Na última sexta-feira (31), a diretoria da Anvisa adotou uma resolução, publicada no Diário Oficial da União, em que foram simplificados os procedimentos para a entrada desses produtos no Brasil.

Segundo Barbano, a flexibilização de ações vai ser mantida por tempo indeterminado até que se tenha a segurança de que não há mais efeitos da greve no dia a dia, principalmente, em relação à entrada de produtos de saúde no país.

Ele também disse que há dúvidas quanto à retomada dos trabalhos de funcionários da agência no Rio de Janeiro e na Bahia, que são vinculados a sindicatos diferentes.

Em contato com o comando de greve em Salvador, a Tribuna apurou que, reunidos em assembleia no final da tarde de segunda (03), os servidores da Anvisa no estado decidiram retornar ao trabalho, e, a partir de desta terça (04), 100% do efetivo estará atuando em portos e aeroportos.

Hospitais e laboratórios de Salvador ainda enfrentam problemas graves com relação ao recebimento de medicamentos e equipamentos através do porto da capital baiana.

No Hospital da Bahia, por exemplo, a greve causou prejuízos e alteração na programação de compras. “Nós estávamos assistindo nossos pacientes sem qualquer solução de continuidade. Felizmente a rede de laboratórios tem procurado de todas as formas ajudar”, disse o diretor-médico Marcelo Zollinger.

A bióloga Catarina Matos, dos Laboratórios Leme, acredita que, com o fim da greve, ocorrerá a normalização dos serviços, mas não de imediato. Segundo ela, a paralisação teve maior impacto em relação a alguns exames terceirizados. Além disso, houve um aumento dos prazos de entrega, principalmente, dos exames hormonais.

De acordo com a Companhia das Docas do Estado da Bahia (Codeba), a situação no porto de Salvador está normalizada, e não há registro da chegada de navios com medicamentos ao longo das próximas 48 horas.

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