FONTE: Rivânia Nascimento, TRIBUNA DA BAHIA.
Em agosto desse ano, o laboratório AbbVie
vai apresentar o medicamento à Agência Nacional de Vigilância Sanitária,
Anvisa, para que seja regulamentado o uso no Brasil.
O remédio representa a esperança
para cerca de 2,5 milhões de brasileiros infectados pelo vírus da hepatite C.
A novidade foi apresentada ontem, pelo médico
e diretor da empresa, José Eduardo das Neves, durante o lançamento da Campanha
Nacional contra a doença, que aconteceu em um hotel no Rio Vermelho.
O medicamento que promete trazer alívio para
pacientes que sofrem do mal ainda não tem nome cientifico. É uma
combinação de três substâncias o dasabuvir+ ombitasvir+ABT450. Para ser comercializado,
o laboratório aguarda autorização do órgão.
De acordo com Neves, ao longo de dez anos
foram feitos seis estudos clínicos com 2.300 pacientes
infectados com o vírus HCV, em diferentes estágios de tratamento da doença, em
mais de 25 países. Os estudos realizados comprovaram que após a utilização do
remédio, houve eficácia na eliminação do vírus, tanto naqueles que não fazem
uso de medicamento, quanto em pacientes cirróticos compensados.
Ainda segundo o especialista,
os resultados de estudos mostram eficácia no tratamento entre 92%e
100% de resposta virológica, entre doze e 24 semanas, além de baixa taxa de
efeitos colaterais.
“A eficácia do tratamento
convencional é entre 20% e 45%, variando conforme o estágio da
doença e o tipo do de paciente. O tratamento dura cerca
de 48 semanas. No estudo, que fizemos incluindo pacientes
cirróticos, depois de 12 semanas de tratamento com o regime AbbVie,
92% eliminaram o vírus e depois de 24 semanas de uso ,96% atingiram a
mesma resposta” pontuou Neves.
A hepatite C afeta cerca de 160 milhões de
pessoas em todo mundo. É transmitida de pessoa para pessoa, via sangue
contaminado. Na Região Nordeste, de 1999 a dezembro de 2011, foi
notificados 43.187 casos de hepatite A, o que corresponde a 31,2% do total
de casos no Brasil. A Bahia é o segundo estado com
maior número de casos, com 18,4%, o primeiro é Pernambuco com
22,0% seguido do Ceará com 13,9% e Maranhão com 13,2% .
A transmissão de hepatite C é pelo contato do
sangue com o sangue de uma pessoa contaminada. Cerca de 15% a 20% das pessoas
infectadas eliminam o vírus naturalmente; o restante vai desenvolver a doença.
Seu desenvolvimento é lento e, muitas vezes
assintomático – pode demorar até cerca de 30 anos para surgirem os
sintomas. Quando os sintomas se manifestam, a doença já pode estar em estágio
avançado.
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