FONTE: Nicholas Bakalar, do The New York Times (noticias.uol.com.br).
As normas médicas dos Institutos
Nacionais de Saúde recomendam que o paciente esteja em jejum de 9 a 12 horas
para realizar exames de colesterol e triglicérides. Todavia, um novo e extenso
estudo forneceu evidências extras de que o jejum provavelmente não é
necessário.
Os pesquisadores usaram um banco de
dados de nível nacional para estudar os resultados desses exames realizados em
mais 16 mil pessoas de ambos os sexos. Entre os exames, aproximadamente 10 mil
pediam jejum de mais de 8 horas e os outros pediam menos tempo.
Em seguida, eles acompanharam os dois
grupos durante 14 anos para observar qual dos dois procedimentos previa melhor
o risco de doenças cardíacas e morte.
Conforme era esperado,
independentemente do jejum feito antes do exame, os níveis altos de LDL,
colesterol total e triglicérides estavam relacionados com um risco maior de
doenças cardíacas e morte. Todavia, quando os dois grupos foram comparados
quanto aos fatores raça, sexo, histórico de tabagismo, pressão arterial alta,
bem como outras características, os valores preditivos de mortalidade geral ou
por problemas cardiovasculares foram iguais para os dois ao longo dos 14 anos
de estudo. O estudo foi publicado online no periódico Circulation.
"Não existem dados sólidos que
apoiem a utilidade do jejum e está na hora de deixarmos de insistir nesse
procedimento", afirmou o Dr. Sripal Bangalore, principal autor do estudo e
professor adjunto de medicina do Centro Médico Langone da Universidade de Nova
York. "Um exame sem jejum fornece o mesmo valor de diagnóstico que os
exames que requerem jejum."
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