FONTE: Bruna Borges e Fernanda Calgaro, do UOL, em Brasília, (noticias.uol.com.br).
A média do IDH (índice de desenvolvimento humano) para
mulheres é 8% menor que a dos homens, mostra o relatório do Pnud (Programa das
Nações Unidas para o Desenvolvimento) divulgado nesta quinta-feira (24).
A partir de 2010, o Pnud passou a calcular o IDevG
(Índice de Desenvolvimento de Gênero), que mede as disparidades entre homens e
mulheres nas conquistas de desenvolvimento humano considerando dados de saúde,
expectativa de vida e educação. O índice varia entre 0 e 1, mas pode
superar 1 em casos que o IDH feminino supera o masculino.
O melhor país neste índice é a Eslováquia, com valor
igual a 1, o que indica que nesse país o IDH para mulheres e homens é igual
(0,829). Lá, a expectativa de vida das mulheres (71,2 anos) supera a dos homens
(71,5 anos), mas a renda masculina (US$ 31.554) é maior que a feminina (US$
19.450), compensando o índice.
Há cinco países que IDevG supera 1. São eles Argentina
(1,001), Suécia (1,004), Finlândia e Eslovênia (1,006) e Polônia (1,01).
O estudo revela que, entre os 148 países analisados neste
indicador, apenas 16 países têm IDH para mulheres igual ou superior ao dos
homens. São eles: Argentina, Barbados, Belarus (Bielorrússia), Cazaquistão,
Eslovênia, Estônia, Finlândia, Letônia, Lituânia, Mongólia, Polônia, Rússia,
Eslováquia, Suécia, Ucrânia e Uruguai. Segundo o relatório, esse desempenho
pode ser explicado pelo maior grau de escolaridade feminina e expectativa de
vida do sexo feminino – em média cinco anos de vantagem.
O país com o pior desempenho nesta comparação é o
Afeganistão, com índice 0,602. Neste país, o IDH para mulheres equivale a
apenas 60% do índice para os homens.
O relatório também mostra que a renda nacional bruta per
capita para homens é mais que o dobro da renda para as mulheres.
O Brasil não entra neste índice, pois alguns dados para
seu cálculo não estão disponíveis para o Pnud.
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