FONTE: TRIBUNA DA BAHIA.
Com 93,70% do rebanho vacinado contra a
febre aftosa, a Secretaria da Agricultura, através da Agência de Defesa
Agropecuária da Bahia (Adab), comemora o alto índice alcançado pelos
criadores baianos, estando acima dos 90% exigidos pela Organização Mundial de
Saúde Animal (OIE) para estados livres de febre aftosa com vacinação.
De acordo com o secretário estadual da
Agricultura, Jairo Carneiro, os dados divulgados ontem (22) reforçam a responsabilidade do criador e o compromisso do
governador do Estado, Jaques Wagner, em desenvolver e fortalecer a pecuária
baiana, garantindo a sanidade das 10.820.791 cabeças existentes em território
baiano.
Na campanha de maio do ano passado, no
auge da seca, o índice alcançado foi de 91,15%.
Os destaques desta
campanha vão para os criadores das coordenadorias de Itapetinga com o índice de
97,63%, Irecê com 97,30% e de Teixeira de Freitas com 96,38%. Na área da
coordenadoria de Teixeira estão os três maiores rebanhos baianos: Itamaraju com
185.101, Guaratinga com 164.747 e Itanhém com 162.493 cabeças.
Os dados, comparados com a 1ª etapa de
maio de 2013, na qual se alcançou o índice de 91,15%, apontam para a
recuperação referente ao mesmo período na vacinação e declaração de bovinos,
registrado pela Agência.
Para o diretor geral da Adab, Paulo Emílio
Torres, mais do que índices numéricos, esta etapa da campanha aponta a
estabilidade sanitária baiana, referenciada nacionalmente, bem como o esforço
dos criadores para tornar o negócio pecuário igualitário. “A Bahia decidiu pela
modernização da pecuária.
Os resultados de excelência para a
erradicação da aftosa atestam não apenas o comprometimento dos pecuaristas, mas
também a vontade da Seagri/Adab em inserir os requisitos de defesa sanitária
animal com o objetivo de unificar o comércio e a produção pecuária no Estado”,
enfatiza Torres, acrescentando que o resultado de hoje, reflete na qualidade do
agronegócio de amanhã.
O presidente da Federação da Agricultura
do Estado da Bahia (Faeb), João Martins, parte fundamental para o alcance das
metas atuais do setor, entende as atividades de defesa agropecuária como base
para a inserção do setor nos mercados mundiais, impulsionando a atividade e
garantindo a sanidade do rebanho baiano.
“Este resultado é uma vitória do criador,
das entidades ligadas ao setor e da agência de defesa agropecuária na Bahia”,
completa Martins, que também é presidente da Confederação da Agricultura e
Pecuária do Brasil (CNA).
“Estamos vivendo um momento histórico com
a extinção da Zona de Proteção (ex-Zona Tampão) para aftosa e,
consequentemente, de mudança dos rumos da pecuária na Bahia. Hoje temos um novo
cenário, uma nova mentalidade do negócio pecuário e os sucessivos resultados
positivos demonstram a responsabilidade das iniciativas públicas e privadas
neste processo”, avalia Jairo Carneiro.
O próximo compromisso dos produtores será
em novembro deste ano, quando apenas os bovinos e bubalinos com idade até 24
meses deverão ser vacinados. Essa é a faixa etária mais susceptível ao vírus da
Febre Aftosa, por isso é necessário o esforço máximo dos produtores para
alcançar altos índices de vacinação nos animais jovens, inclusive nos bezerros
recém-nascidos.
Extinta
Zona de Proteção.
O Ministério da Agricultura, Pecuária e
Abastecimento (Mapa) comemora o alto índice de vacinação na Bahia, mas ressalta
a importância da extinção da Zona de Proteção para a febre aftosa diante da
evolução dos estados do nordeste e norte do Pará para o mesmo status de Livre
de Febre Aftosa com Vacinação “O Mapa e o governo de Estado estão cada vez mais
unidos na luta contra a enfermidade de maior importância para a economia mundial,
garantindo a manutenção de sua Certificação Internacional de Zona Livre de
Febre Aftosa com Vacinação”, diz o superintendente substituto do Mapa na Bahia
(SFA-BA), Paulo Reis, representando, oficialmente, Virgínia Hagge.
Mais de 10 mil criadores dos municípios de
Casa Nova, Remanso, Campo Alegre de Lourdes, Pilão Arcado, Buritirama,
Mansidão, Santa Rita de Cássia, Formosa do Rio Preto também comemoram o recente
fim da Zona de Proteção, que substituiu, por sua vez, a Zona Tampão extinta em
2010.
Os pouco mais de dez mil criadores da
região passam a integrar a comercialização e o trânsito de animais em todo o
Estado com um rebanho de aproximadamente 230.000 cabeças. A restrição do
trânsito para bovinos, bubalinos, ovinos e caprinos não existe mais, ficando
limitada apenas a circulação de suínos, devido alguns estados do Norte e do
Nordeste ainda não serem considerados livres da Peste Suína Clássica.
O último foco de febre aftosa na Bahia
aconteceu em 1997 no município de Jussarí.
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