FONTE: *** ARTIGO DE ESPECIALISTA, (www.minhavida.com.br).
Por não conhecer os sinais,
tempo do diagnóstico do problema em mulheres é maior.
Infarto ou angina são
formas de apresentação da doença arterial coronariana. O músculo cardíaco (miocárdio) é
alimentado através das artérias coronárias, que levam sangue da aorta
até as fibras. O coração não consegue utilizar o sangue que passa por dentro
dele e é bombeado para o restante do corpo. Ao longo da vida, parte do
colesterol é depositado dentro das artérias, diminuindo a luz por onde passa o
sangue. Essa dificuldade do miocárdio em receber sangue oxigenado leva a
sofrimento do músculo (isquemia), causando dor durante o esforço físico. Às
vezes essa gordura cresce tanto que rompe para dentro da luz da coronária,
obstruindo totalmente o vaso e causando intenso sofrimento e morte das fibras
musculares (infarto).
Infarto em homens.
Em homens a dor do infarto geralmente é percebida como
uma pressão no peito, mal definida, uma dor que a pessoa não sabe dizer de onde
vem. Não é possível localizar com um dedo. A dor pode ser acompanhada de suor
sem estar sentindo calor ("suor frio"), dor em braços, dor na boca do
estômago e até dor na mandíbula. Tonturas e desmaios durante
a dor podem acontecer.
Infarto em mulheres.
Em mulheres os sintomas variam mais. As dores podem ser
descritas como queimação, pontadas, facadas, em região do peito. As dores em
mulheres geralmente são subvalorizadas, pois classicamente mulheres antes da
menopausa têm menos chance de ter infarto que homens da mesma idade. Hoje
mulheres fumam, bebem, tem trabalhos estressantes e se exercitam pouco.
Usam anticoncepcionais, que associados a alguns outros fatores de risco, como
dieta inadequada e sedentarismo, bem como cigarro, aumentam a chance
de trombose e infarto.
Tratamento.
O tempo da entrada em um pronto socorro até o diagnóstico
é maior para as mulheres, e isso faz diferença na evolução da internação. Em
doença coronariana usamos a frase "tempo é músculo", o que significa
que quanto mais tempo leva para tratar, maior o dano ao miocárdio. Mulheres são
menos submetidas a trombólise que
homens - trombólise é o tratamento com uma medicação que tenta desobstruir
de forma aguda a coronária durante infarto agudo do miocárdio.
O tratamento para homens e mulheres é o mesmo. Medicação
via oral, em casos menos graves. Medicação intravenosa, como trombolíticos,
quando observamos que artéria esta completamente obstruída. E angioplastia,
sempre que disponível, que permite localizar onde está a obstrução e tratar de
uma forma pontual, bem localizada e geralmente de forma mais duradoura que a
trombólise. É colocado um "stent", um alicerce de metal por dentro da
obstrução para evitar que feche novamente.
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