A edição número 232 do
UFC é especial para as mulheres brasileiras em um ano de acontecimentos
marcantes e que colocaram ainda mais em evidência as pautas feministas. O
esperado duelo
entre Cris Cyborg e Amanda Nunes marca o auge das duas
na organização. Mais do que isso. Representa uma valorização que ainda sofre
para ser alcançada no Brasil.
O combate entre elas no
The Forum, sábado (29), em
Los Angeles, será válido pelo título peso-pena (66
kg). Ao lado de Jon Jones e Alexander Gustafsson, as brasileiras estrelam o
card mais esperado do ano.
Ambas costumam falar
com frequência sobre os direitos das mulheres e a luta por espaço no mundo do
MMA. A discussão se estende ao mercado de trabalho, violência doméstica e
outras pautas relevantes. Em um 2018 marcado pelo bárbaro assassinato da
vereadora carioca Marielle Franco, a força das mulheres brasileiras ganhou
simbolismo ainda maior.
Os fãs de MMA pediram
pelo encontro entre Amanda e Cyborg mais do que qualquer outro combate entre os
predominantes homens. Há quem, inclusive, esteja mais ansioso para o duelo do
que com o retorno de Jon Jones.
Há alguns anos,
imaginar tal cenário era inviável. Até mesmo mulheres no card preliminar da
edição mais importante do ano. O panorama mudou, mas ainda está longe do ideal.
A importância de Amanda
e Cyborg no cenário internacional através do UFC é relevante para um Brasil
que, por vezes, engatinha no espaço das mulheres. Lutar é do jogo, dentro ou
fora do octógono.
"Sempre quis fazer
diferença ali dentro. Luto contra o que acho errado. O MMA feminino tem uma
representatividade especial", afirmou Cyborg.
"Quem está lá se
esforça para abrir portas as que desejam chegar. Todo mundo tem um sonho. As
coisas podem demorar, mas acontecem", completou Amanda Nunes.
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