Se você tem a sensação
de que, ao transitar pelas ruas e academias, avista, cada vez mais, um número
maior de pessoas praticando corrida, saiba que sua percepção tem fundamento.
Segundo a Pesquisa de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças
crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel) 2017, elaborada pelo Ministério da
Saúde, a quantidade de atletas corredores aumentou 194% no país, entre os anos
de 2006 e 2017.
No mesmo período, o
estudo, divulgado esta semana, também revela uma maior procura pelas
modalidades de luta, incluindo artes marciais, como o judô, o karatê e o kung
fu. Nesse caso, o aumento foi 109%.
Ao mesmo tempo, o
futebol vem perdendo espaço nas capitais brasileiras. Durante o intervalo
analisado, o total de praticantes da categoria desportiva caiu quase pela
metade (43,5%).
De acordo com a pasta,
a caminhada é o exercício físico mais comum, sendo praticado por 33,6% da
população. Na sequência, aparecem a musculação (17,7%), o futebol (11,7%) e as
lutas e artes marciais (2,3%).
Além disso, estima-se
que 37% da população das capitais brasileiras façam, ao menos, 150 minutos de
atividade física por semana, mínimo recomendado pela Organização Mundial da
Saúde (OMS). Fragmentada nos sete dias da semana, a duração é de,
aproximadamente, 22 minutos diários. O índice é motivo de comemoração, já que
cresceu 24,1%, de 2006 até o ano passado.
No Vigitel, o nível de
atividade física dos adultos pode ser avaliado em quatro domínios: no tempo
livre (lazer), na atividade ocupacional, no deslocamento e no âmbito das
atividades domésticas. São considerados ativos os adultos que praticam
atividades físicas por pelo menos 150 minutos de exercícios de intensidade
moderada por semana ou pelo menos 75 minutos semanais de atividade física de
intensidade vigorosa. Caminhada, caminhada em esteira, musculação, hidroginástica,
ginástica em geral, natação, artes marciais e luta, ciclismo e
voleibol/futevôlei e dança foram classificados como práticas de intensidade
moderada. Já corrida, corrida em esteira, ginástica aeróbica, futebol/futsal,
basquetebol e tênis compõem o grupo de práticas de intensidade vigorosa.
Perfil.
Os pesquisadores
destacam ainda uma predominância do hábito entre homens (43,4%) e pessoas nas
faixas etárias de 18 a 24 anos (49,1%) e 25 a 34 anos (44,2%). Outra relação
evidenciada pelo ministério é o grau de escolaridade dos desportistas,
considerando que 47% dos brasileiros que praticam atividade física já têm
completos 12 anos ou mais de educação formal.
As capitais brasileiras
onde menos se pratica atividade física, conforme a pesquisa, são São Paulo
(29,9%), João Pessoa (34,45) e Recife (35,2%). Brasília - considerada na
pesquisa como Distrito Federal, por englobar as cidades vizinhas - (49,6%),
Palmas (45,9%) e Macapá (45,5%), por outro lado, apresentam os melhores
índices.
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