JERUSALÉM (Reuters) - O Parlamento de Israel deu sua aprovação final a
uma muito aguardada e controversa lei que permite a exportação de maconha
medicinal, em uma medida que deve reforçar o cofre estatal.
Na terça-feira, os parlamentares aprovaram por 21-0 o projeto de lei,
que ainda precisa do aval de ministros do gabinete e do primeiro-ministro,
Benjamin Netanyahu.
Aproveitando o clima favorável e a perícia em tecnologias médicas e
agrícolas, empresas israelenses estão entre as maiores produtoras de maconha
medicinal do mundo.
Os ministérios da Finança e da Saúde estimam que as exportações podem
render o equivalente a 265 milhões de dólares em impostos por ano.
O projeto de lei impõe regulamentos rígidos aos exportadores e ameaça
os violadores com penas de prisão e multas pesadas.
Existem oito empresas de cultivo em Israel --muitas das quais
recorreram à abertura de fazendas no exterior para entrar no mercado
internacional. O Parlamento disse em comunicado que surgiram dezenas de pedidos
de proprietários de negócios aguardando autorização.
As licenças para o comércio de maconha medicinal serão sujeitas à
aprovação do Ministério da Saúde e da polícia de Israel.
Separadamente, a agência reguladora de títulos israelense alertou os
investidores nesta quarta-feira a tomarem decisões bem embasadas ao investirem
no número crescente de empresas de maconha medicinal com ações na bolsa, como
Cannbit, Together e InterCure, dada a incerteza regulatória em todo o mundo.
As ações de empresas de maconha medicinal subiam consideravelmente por
volta de meio-dia no horário local em Tel Aviv.
*** Por Steven Scheer.
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