A taxa de desemprego no
país ficou em 11,6% no trimestre encerrado em novembro deste ano. O índice é inferior
aos 12,1% registrados no trimestre encerrado em agosto e aos 12% de novembro do
ano passado. Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios
(Pnad), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
De acordo com a
pesquisa, a população desocupada ficou em 12,2 milhões em novembro, 3,9% a
menos (501 mil pessoas) que agosto e 2,9% abaixo (menos 364 mil pessoas)
de novembro do ano passado.
A população ocupada, de
93,2 milhões, é a maior da série histórica, iniciada em 2012. O número de
pessoas empregadas é 1,2% maior (mais 1,1 milhão de pessoas) que agosto e
1,3% maior (mais 1,2 milhão de pessoas) que novembro do ano passado.
A taxa de subutilização
da força de trabalho ficou em 23,9%, ou seja, 0,5 ponto percentual
abaixo de agosto (24,4%) e estatisticamente igual à de
novembro de 2017 (23,7%). A taxa inclui os desocupados, aqueles que
trabalham menos do que poderiam (subocupados por insuficiência de horas) e
pessoas que não estão trabalhando mas que têm potencial para integrar a força
de trabalho, a chamada força de trabalho potencial.
O total da população
subutilizada chegou a 27 milhões, 1,7% a menos que agosto, mas 1,8% a mais que
novembro de 2017.
O número de pessoas
desalentadas, isto é, aquelas que desistiram de procurar emprego, ficou em 4,7
milhões, estável em relação a agosto, mas 9,9% maior que novembro de 2017 (4,3
milhões). O percentual de pessoas desalentadas (4,3%) ficou estável em relação
ao trimestre anterior e aumentou 0,3 ponto percentual em relação ao mesmo
trimestre de 2017 (3,9%).
O número de empregados
no setor privado com carteira assinada foi de 33 milhões de pessoas,
apresentando estabilidade em ambas as comparações. Já o número de empregados
sem carteira assinada (11,7 milhões) foi o maior da série histórica e subiu em
ambas as comparações: 4,5% na comparação com agosto e 4,7% em relação a
novembro de 2017.
“O ponto positivo é que
o volume do mercado de trabalho aumentou. Mas a característica desse trabalho é
a informalidade. E sabemos o prejuízo que isso traz a longo prazo. Não há, por
exemplo, a contribuição para a Previdência. Um exemplo é a entrada de
trabalhadores no transporte, com os aplicativos, que não têm carteira assinada
e nem vínculos formais com as empresas ou aqueles ocupados com a venda de
quentinhas”, disse o pesquisador do IBGE Cimar Azeredo.
O rendimento médio real
habitual (R$ 2.238) não apresentou variação em ambas as comparações, assim como
a massa de rendimento real habitual (R$ 203,5 bilhões).
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