Um novo estudo, publicado
no
jornal científico American Journal of Human Genetics, mostrou que pessoas
que tinham fatores de risco genéticos para diabetes tipo 2 eram mais propensas
a ter disfunção erétil.
Para chegar a essa
conclusão, os pesquisadores analisaram informações coletadas em três bancos de
dados distintos, conseguindo informações de mais de 220 mil homens, dos quais
cerca de 6 mil tinham impotência sexual.
A ideia inicial era
analisar quais são as condições ou características genéticas que podem
predispor a disfunção. Foram estudadas variantes genéticas relacionadas ao
desenvolvimento de doenças cardíacas, obesidade e diabetes tipo 2, condições
que já são relacionadas à disfunção erétil.
Depois da grande
análise, os cientistas avaliaram se havia alguma ligação entre os fatores
genéticos das específicas doenças com a disfunção erétil. Os números mostraram
que os homens com impotência eram mais propensos a ter um alto fator de
risco para diabetes tipo 2, quando comparados com pacientes que não tinham
disfunção erétil.
Essa foi a única
ligação encontrada, nenhuma outra condição estudada mostrou ligação com a
disfunção.
Logo, a conclusão da
pesquisa foi que "ter uma predisposição genética para diabetes tipo 2
também predispõe a ter disfunção erétil". Embora, aparentemente, as
condições pareçam não estar relacionadas, o diabetes do tipo 2 pode causar
danos nos nervos e problemas nos vasos sanguíneos, que são especialmente
importantes para manter uma ereção, explicaram os cientistas em entrevista
do site Live Science.
Quanto ao porquê não
ficou claro um elo entre a disfunção erétil e a obesidade ou a doenças
cardiovasculares, os pesquisadores disseram que precisam de uma mostra maior de
pessoas, uma vez que "existem fortes evidências de que ter um IMC (Índice
de Massa Corporal) aumentado por si só já causa disfunção".
Seguindo o debate, os
cientistas disseram que "não há nenhuma evidência direta de que, ao curar
o diabetes tipo 2, você curaria a disfunção erétil. Mas com base neste estudo,
você poderia fazer essa suposição". A ideia é que, no futuro, pesquisas
maiores possam analisar essa associação e levar a bons tratamentos.
De qualquer forma,
dieta e exercício físico podem ajudar a controlar o diabetes tipo 2 e não
afetar a ereção. "Existem muitas razões pelas quais você gostaria de curar
a diabetes tipo 2, mas afastar a disfunção erétil com certeza é um incentivo
extra", concluíram.
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