domingo, 30 de dezembro de 2018

ESTUDO ENCONTRA LIGAÇÃO ENTRE OBESIDADE E OLFATO...


FONTE:, em São Paulo, https://vivabem.uol.com.br



A relação entre o olfato e o peso corporal era uma área relativamente desconhecida pela ciência, mas recentemente, pesquisadores da University of Otago, na Nova Zelândia, descobriram que pessoas obesas têm uma capacidade reduzida para detectar e distinguir cheiros em comparação com aqueles que não são obesos.

O estudo, publicado no periódico Obesity Reviews, foi uma análise de diferentes artigos científicos sobre o tema e informações de quase 1.500 indivíduos de diferentes países.

"Depois de compilar nossas evidências, descobrimos que existe, de fato, uma forte ligação entre o peso corporal de uma pessoa e sua capacidade olfativa - pessoas com peso corporal normal conseguem sentir cheiros de forma mais forte", afirma Mei Peng, principal autor do estudo.

O cientista acrescentou que o cheiro desempenha um papel crítico quando se trata de comportamento alimentar, porque afeta a forma como nos identificamos e escolhemos entre diferentes sabores. Um olfato fraco pode resultar em pessoas fazendo escolhas alimentares pouco saudáveis, o que pode aumentar o risco de obesidade.

Cirurgia para perda de peso pode melhorar o olfato.
Para restaurar o caminho entre o intestino e o cérebro, os pesquisadores consideraram os efeitos de dois tratamentos para a obesidade: cirurgia bariátrica (remoção do estômago) e o bypass gástrico (um procedimento cirúrgico que envolve dividir o estômago em dois bolsos e reorganizar o intestino delgado para conectar-se a ambos).

Os resultados mostraram que apenas a remoção do estômago pode melhorar a capacidade do olfato, e outras cirurgias da obesidade não têm o mesmo efeito.

"Cortar o estômago pode alterar os nervos que se comunicam com o cérebro, por isso as alterações no olfato podem ser a chave para a diferença entre as duas cirurgias", explica Peng.

O cientista espera que essas descobertas aumentem a conscientização sobre a relação crítica entre os hábitos alimentares e os sentidos, possibilitando mudanças positivas na vida das pessoas e diminuindo o risco de doenças.

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