A seleção brasileira
não deve mais contar com os serviços do volante Fernandinho, um dos mais
longevos atletas do Manchester City e do próprio elenco verde e amarelo. Quem
revelou isso foi o técnico Tite, que disse ainda que deixou de convocar o atleta
contra a sua vontade.
No que dependesse do
treinador do Brasil, Fernandinho continuaria a ser chamado para defender a
seleção mesmo após o desempenho ruim diante da Bélgica nas quartas de final da
Copa do Mundo da Rússia. Em seu segundo Mundial - ele também esteve na derrota
por 7 a 1 contra a Alemanha em 2014 -, o atleta passou de pilar do time a um
dos bodes expiatórios da ira dos fãs.
Tite pensou em
convocá-lo para o novo ciclo da seleção, que atualmente está em preparação para
a Copa América de 2019. No entanto, o volante revelou que se tornou alvo de
ameaças de torcedores nas redes sociais, inclusive com ataques diretos à sua
família. E, assim, decidiu que não aceitaria mais defender o Brasil caso fosse
chamado.
O técnico afirmou, em
entrevista ao SporTV, que insistiu para contar com o futebol de Fernandinho.
"O primeiro atleta que senti vontade de convocar foi o Fernandinho. O
número um. Ele é um jogador extraordinário, joga muito. Eu o preservei um
pouquinho. Aí entrei em contato com ele, o Edu (Gaspar, diretor de futebol da
seleção) entrou. Mas essa crueldade chegou à família dele e ele disse que
prometeu à família que não vai voltar", explicou.
A recusa do volante não
foi aceita logo de cara por Tite, que prometeu voltar a convocá-lo caso o jogador
mude de ideia no futuro. "Eu disse (a Fernandinho): 'Conversa de novo'.
Fui falar pessoalmente com ele porque a seleção brasileira tem muito orgulho de
ter um atleta com essa dignidade e competência profissional. Não sou burro de
convocar jogador ruim. Chega de Barbosas", afirmou, em referência ao
ex-goleiro da seleção na Copa de 1950, que sofreu até os últimos dias da vida,
crucificado pelo gol sofrido contra o Uruguai na final daquele torneio.
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