A tecnologia, já
aprovada e utilizada no Chile, será testada no Brasil.
Estudos clínicos da
Universidade do Chile, realizados em pacientes com melanoma e câncer de
próstata no estágio 4, comprovaram a eficácia da nova terapia contra o câncer.
Foi constatado, do ponto de vista imunológico, sucesso do tratamento em 60% dos
pacientes, triplicando a sobrevida, sem efeitos colaterais e melhorando a
qualidade de vida.
Esta nova terapia será
testada em pesquisa no Brasil por meio da aliança que acaba de ser firmada
entre a Universidade do Chile e a empresa Oncocellus com o São Lucas Cell
Therapy Group, importante centro de pesquisa celular brasileiro, localizado em
São Paulo, para testar esta nova terapia contra o câncer.
O objetivo da parceria
é trazer inovação tecnológica, na área de terapia alvo e imunoterapia, para
tratamento do câncer no Brasil.
Segundo o presidente do
São Lucas, o hematologista Adelson Alves, essa aliança permitirá, a curto
prazo, o desenvolvimento em conjunto de tecnologia com alta performance e custo
compatível para tratamento do câncer. “Nosso maior intuito é desenvolver uma
tecnologia que possa ser acessada pela maioria da população, com custo
compatível com o sistema de saúde do Brasil (SUS), beneficiando milhões de
brasileiros com câncer”, destaca o médico.
A aliança inclui
colaboração com materiais científicos, acadêmicos e desenvolvimento de
pesquisas clínicas, utilizando a expertise da empresa chilena e todo o Know How
e estrutura do São Lucas, que oferece um dos mais equipados e modernos
laboratórios do país na área celular, com a creditação internacional, do
Canadá.
Nova pesquisa conta com
laboratório de última geração.
Uma importante vantagem
oferecida pelo São Lucas à empresa chilena é o grande número de pacientes
oncológicos atendidos no Hemomed Instituto de Oncologia e Hematologia, que
integra o grupo, e que atende 10 mil pacientes por mês e 100 pacientes
internados em vários hospitais parceiros. Trata-se de um dos maiores serviços
privados de atendimento ao câncer no país.
“Temos toda a estrutura
e a escala que uma pesquisa clínica necessita para viabilizar a nova
tecnologia. Expertise na coleta, laboratório de última geração em terapia
celular, ambulatório com muitos pacientes oncológicos, serviço de
criopreservação e conhecimento regulatório nacional", avalia o presidente.
Para o vice-reitor da
Universidade do Chile, Flavio Salazar, esta aliança representa um marco
tecnológico para a universidade, permitindo transferir conhecimento para o
mercado internacional.
“Estamos muito
entusiasmados pela grande oportunidade de colaboração com um grupo com tanta
experiência em oncologia como o São Lucas”, destacou o CEO da Oncocellus,
Cristián Pereda.
O diretor executivo do
Grupo Cellus, Rodrigo Arancibia, acredita que por ambos os grupos possuírem uma
estrutura similar, se permitirá uma transferência tecnológica muito eficiente.
“É um privilégio contar com um parceiro desse nível”, observou.
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