As advertências deverão
ser exibidas de forma 'ostensiva e adequada'.
A Comissão de Assuntos
Sociais (CAS) pode votar na quarta-feira (26) o relatório da senadora Juíza
Selma (PSL-MT) ao PLS 510/2017, que determina a exibição de advertência
sobre a presença de substâncias cancerígenas ou potencialmente cancerígenas nos
produtos colocados no mercado de consumo. Deverão ser incluídos produtos com
base na Lista Nacional de Agentes Cancerígenos para Humanos (Linach), mantida
pelo Ministério da Saúde tendo como referência os trabalhos da Agência
Internacional de Pesquisa em Câncer (IARC, na sigla em inglês), que atua no
âmbito da Organização Mundial de Saúde (OMS).
Aviso com destaque.
Segundo o texto, as
advertências quanto à presença de substâncias potencialmente cancerígenas
deverão ser exibidas de forma "ostensiva e adequada". Juíza Selma
cita um levantamento do Instituto Nacional de Câncer (Inca), apontando que
somente entre 2018 e 2019, 1,2 milhão de novos casos de câncer deverão ser
registrados no país.
Ela ainda reforça que
segundo o INCA, à exceção do câncer de pele não-melanoma, os tipos de câncer
mais incidentes nos homens serão os de próstata (31,7%), de pulmão (8,7%), de
intestino (8,1%), de estômago (6,3%) e na cavidade oral (5,2%). Já nas
mulheres, os cânceres de mama (29,5%), intestino (9,4%), colo do útero (8,1%),
pulmão (6,2%) e na tireoide (4%) serão os mais frequentes.
"O aumento na
incidência do câncer não se dá só pelo envelhecimento da população, mas também
pela maior exposição a fatores de risco, muitos deles evitáveis. Como o
tabagismo, a alimentação inadequada e o sedentarismo. Segundo a OMS, até 50%
das mortes por câncer poderiam ser evitadas. Sendo assim, disponibilizar
informação adequada à população sobre fatores de risco é indispensável. Apor
advertências sobre a presença de substâncias cancerígenas ou potencialmente
cancerígenas nos rótulos dos produtos colocados no mercado é uma medida que
aperfeiçoa a proteção ao consumidor", defende Juíza Selma no relatório.
Reforma da Previdência.
À pedido de Romário
(Podemos-RJ), a CAS também pode aprovar a realização de um ciclo de audiências
públicas nos Estados, para tratar da conveniência ou não de incluir esse entes
federados na reforma da Previdência que vem sendo patrocinada pelo governo
federal (PEC 6/2019). No relatório entregue à Comissão Especial na Câmara, o
relator, deputado Samuel Moreira (PSDB-SP), optou por excluir Estados e
municípios da reforma.
Também pode ser
aprovada a realização de uma audiência pública sobre o PL 2.234/2019, que
cria o Simples Trabalhista. O pedido é de Paulo Paim (PT-RS), que pretende
ouvir na audiência a Confederação Nacional da Indústria (CNI); o Serviço
Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae); a Subsecretaria de
Desenvolvimento das Micro e Pequenas Empresas (vinculada ao Ministério da
Economia); a Associação Nacional dos Magistrados da Justiça do Trabalho
(Anamatra); o Ministério Público do Trabalho (MPT); e a Intersindical.
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