domingo, 3 de janeiro de 2010

FAMÍLIA DA BAHIA ESTÁ ENTRE MORTOS NA TRAGÉDIA DO RIO DE JANEIRO...

FONTE: Agências e Jairo Costa Júnior (CORREIO DA BAHIA).
Um casal de Lauro de Freitas - ela grávida - e seu filho pequeno morreram soterrados. Empresário do Rio e a mulher se salvaram, mas perderam as duas filhas pequenas. Filho de prefeito paulista ficou noivo na noite de Réveillon, mas a noiva morreu na tragédia. Filha dos donos de pousada à beira-mar levou os amigos para conhecer sua versão do paraíso na Terra: três morreram.
Enquanto os bombeiros retiram corpos dos escombros de casas e de parte da pousada Sankay, as histórias das vítimas revelam a destruição de famílias e o soterramento de sonhos. Na Praia do Bananal, no paraíso ecológico da Ilha Grande, foram encontrados, até o começo da noite, 28 corpos. O número de pessoas mortas ali pode chegar a 40. Em todo o Rio, os mortos já passam de 60. Na ilha, as buscas, com auxílio de cães farejadores, continuam hoje.
BAHIA.
Entre as vítimas atingidas pelo deslizamento de uma encosta na Ilha Grande estavam o empresário Márcio Luiz Baccin, 31 anos, e sua mulher, Cecília Secco, 30 anos, grávida de seis meses. Ambos eram de Arujá, município da grande São Paulo, mas moravam em Lauro de Freitas desde 2004. No acidente, morreu também o filho do casal, Geovane, de apenas 3 anos, nascido na Bahia.

Cecília era filha dos empresários Heitor e Fátima Secco, sócios da fábrica de brinquedos Acalanto, sediada em Lauro de Freitas. Ela se mudou para a Bahia com o marido para cuidar da área contábil da empresa. Os corpos do casal e do filho foram reconhecidos ontem, no Rio, pelo irmão de Márcio, Anderson Baccin.
MORADORES DA BAHIA MORREM SOTERRADOS.
Escolher um lugar diferente para passar o Réveillon era tradição do casal Márcio Luiz Baccin e Cecília Secco e seu grupo de amigos de infância de Arujá, cidade da grande São Paulo. Dessa vez, a turma decidiu ver a chegada de 2010 em Ilha Grande, reserva ambiental encravada no litoral de Angra dos Reis.
Mas, para eles, o Ano-novo não chegou. Márcio e Cecília tinham motivos de sobra para comemorar. Em 2010, nasceria o segundo filho do casal e a fábrica de brinquedos da família continuava dominando o mercado de bonecas no país. Marcio também estava empolgado com sua empresa de produtos hidropônicos.
Para celebrar a boa fase,decidiram alugar uma casa na Enseada do Bananal, ao lado da Pousada Sankay. Em 18 de dezembro, saíram de Lauro de Freitas e foram passar o Natal em Arujá. Depois, rumaram para Ilha Grande com o filho, Geovane, 3 anos. Os três e parte do grupo de amigos acabaram soterrados por toneladas de terra e rocha que desmoronaram devido às fortes chuvas no Rio.
O gerente industrial da Acalanto, Reinaldo Mendes, amigo da família Secco há 15 anos, conta que o casal era conhecido pela união e pela capacidade de ajudar o próximo. Mendes disse que, assim que souberam da tragédia, os pais de Cecília foram para São Paulo.

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