quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

A NOVA PETROBRÁS...

FONTE: Janio Lopo (TRIBUNA DA BAHIA).

Temas técnicos nunca foram o meu forte. Tenho lido nos jornais, no entanto, notas (plantadas ou não é outra história) sobre eventual mudança de comportamento do presidente da Petrobras, Sérgio Gabrielli, que estaria picado pela mosca azul desde quando assumiu o cargo. Sinceramente, acho que por trás das publicações ferinas há um forte sentimento de despeito, ciúme, raiva, inveja ou sei lá. Gabrielli é baiano e, até onde me toca, está longe de ser uma figura que se deixaria envenenar pela saliva da vaidade. Talvez o que incomoda muita gente é que é sob sua administração que a Petrobras passa por um período verdadeiramente revolucionário, sobretudo com a descoberta do pré-sal. Gabrielli sabe o peso da sua responsabilidade e deve saber também que está fazendo história ou pelo menos ajudando a construir um novo país para o futuro. Falar em pré-sal, que diabo é mesmo isso? Recorri à própria Petrobras que de maneira didática desvendou alguns mistérios para um leigo como eu que nada entendo de temas técnicos.
1. O que é o pré-sal? : “O termo pré-sal refere-se a um conjunto de rochas localizadas nas porções marinhas de grande parte do litoral brasileiro, com potencial para a geração e acúmulo de petróleo. Convencionou-se chamar de pré-sal porque forma um intervalo de rochas que se estende por baixo de uma extensa camada de sal, que em certas áreas da costa atinge espessuras de até 2.000m. O termo pré é utilizado porque, ao longo do tempo, essas rochas foram sendo depositadas antes da camada de sal. A profundidade total dessas rochas, que é a distância entre a superfície do mar e os reservatórios de petróleo abaixo da camada de sal, pode chegar a mais de 7 mil metros.
As maiores descobertas de petróleo, no Brasil, foram feitas recentemente pela Petrobras na camada pré-sal localizada entre os estados de Santa Catarina e Espírito Santo, onde se encontrou grandes volumes de óleo leve. Na Bacia de Santos, por exemplo, o óleo já identificado no pré-sal tem uma densidade de 28,5º API, baixa acidez e baixo teor de enxofre. São características de um petróleo de alta qualidade e maior valor de mercado”.Ponto 2:. Qual o volume estimado de óleo encontrado nas acumulações do pré-sal descobertas até agora? “Os primeiros resultados apontam para volumes muito expressivos. Para se ter uma ideia, só a acumulação de Tupi, na Bacia de Santos, tem volumes recuperáveis estimados entre 5 e 8 bilhões de barris de óleo equivalente (óleo mais gás). Já o poço de Guará, também na Bacia de Santos, tem volumes de 1,1 a 2 bilhões de barris de petróleo leve e gás natural, com densidade em torno de 30º API”. 3- As recentes descobertas na camada pré-sal são economicamente viáveis?
“Com base no resultado dos poços até agora perfurados e testados, não há dúvida sobre a viabilidade técnica e econômica do desenvolvimento comercial das acumulações descobertas. Os estudos técnicos já feitos para o desenvolvimento do pré-sal, associados à mobilização de recursos de serviços e equipamentos especializados e de logística, nos permitem garantir o sucesso dessa empreitada.
Algumas etapas importantes dessa tarefa já foram vencidas: em maio deste ano a Petrobras iniciou o teste de longa duração da área de Tupi, com capacidade para processar até 30 mil barris diários de petróleo. Um mês depois a Refinaria de Capuava (Recap), em São Paulo, refinou o primeiro volume de petróleo extraído da camada pré-sal da Bacia de Santos. É um marco histórico na indústria petrolífera mundial”.

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