FONTE: DE SÃO PAULO (www1.folha.uol.com.br).
Em dez anos, os atendimentos pré-hospitalares feitos pelo Corpo de Bombeiros a vítimas de acidentes com motocicletas aumentaram cerca de 150% no município de São Paulo, segundo pesquisa do Hospital das Clínicas da USP (Universidade de São Paulo).
Em 2010 foram 18.081 ocorrências, contra 7.271 atendimentos realizados em 2001 --aumento de 148,6%.
De acordo com a pesquisa, os atendimentos aumentam no segundo semestre. A média de ocorrências neste período é 56% maior que nos meses do primeiro semestre.
A frota de motocicletas na cidade também cresceu no período, chegando a 889 mil em 2010 --aumento de 118% em relação a 2001.
O hospital, ligado à Secretaria de Estado da Saúde, acaba de finalizar uma série de propostas que visa à redução do número de acidentes envolvendo motociclistas.
Entre as propostas estão a inclusão de formação de direção defensiva e exame de habilitação adequado às condições de trânsito que serão enfrentadas pelos motociclistas, com maior rigor na primeira habilitação.
Uma outra pesquisa do hospital divulgada em julho afirmava que apenas 1 em cada 4 motociclistas acidentados aprendeu a dirigir em autoescolas.
Outra sugestão, fruto do Fórum Saúde e Trânsito, promovido em junho pelo hospital, é criar categorias na habilitação de motociclistas --hoje existe apenas uma.
De acordo com o texto resultante dos debates, é primordial a definição das áreas de trânsito das motocicletas entre as faixas de rolamento dos automóveis e as regras de circulação das motos nessas faixas, inclusive com a definição da velocidade máxima.
"A importância do fórum foi permitir que todos os setores interessados se manifestassem e chegassem a estas propostas, que na verdade é uma tentativa de se criar um movimento de mobilização social, onde todos os participantes tenham consciência do seu papel", afirma a médica fisiatra Julia Greve, coordenadora da ação.
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