domingo, 14 de agosto de 2011

CUIDE DA SAÚDE ANTES DE EMBARCAR...



FONTE: Lucy Andrade, TRIBUNA DA BAHIA.


Doutor, posso viajar de avião?”, essa é a pergunta que a maioria das pessoas com algum problema de saúde ou gestantes fazem aos seus médicos, antes de comprar as passagens. Na última quinta-feira (11), o avião da Gol 1708 que saiu de Guarulhos, São Paulo, com destino a cidade de Recife, em Pernambuco, precisou fazer um pouso de emergência no aeroporto de Salvador para prestar socorro a uma passageiro idoso que passou mal e ficou desacordado.


De acordo com a assessoria da Infraero, todos os aeroportos dispõem de equipes médicas de plantão e ambulância para prestar os primeiros socorros. E que em casos como este do passageiro João Feliciano, o comandante avisou à base que providenciou o atendimento. “A aeronave não precisa estacionar, basta parar na pista que a ambulância vai até o local. Em todas as bases há equipes médicas para prestar atendimento.


Com relação aos primeiros socorros dentro do avião é de responsabilidade das empresas aéreas, mas com certeza os comissários de bordo devem estar aptos para prestar os primeiros socorros”, explicou a assessoria.


Viajar de avião, além de mais seguro, é mais confortável, e para alguns destinos, indispensável, porém as pessoas que apresentam algum problema de saúde, como um simples resfriado, até problemas mais sérios, como cardíacos, devem procurar um médico para adotar algumas medidas preventivas ou até adiar a viagem.


A dor de ouvido é um dos problemas médicos mais frequentes nas viagens de avião. Sendo mais comum em crianças e pessoas com infecções das vias aéreas superiores ou alergias. De acordo com o otorrinolaringologista Roberto Lopes Silveira, essa sensação é decorrente da pressão desigual no ouvido médio, não permitindo a passagem do ar para que ocorra o equilíbrio, pode ocorrer o barotrauma.


“Durante a subida do avião, à medida que a altitude aumenta (e a pressão atmosférica diminui), o ar presente no ouvido médio se expande e, habitualmente, escapa através da trompa de Eustáquio, igualando a pressão com a do ambiente.


Durante a descida, à proporção que a altitude diminui (e a pressão atmosférica aumenta), o volume do ar existente no ouvido médio vai sendo reduzido, criando uma pressão negativa em relação ao ambiente, o que pode ocorrer o barotrauma”, explicou o médico.

ORIENTAÇÕES DE ESPECIALISTA.
De acordo com o otorrinolaringologista, pessoas com problemas respiratórios devem procurar um médico para fazer uso de medicamentos adequados, para evitar que as vias superiores fiquem congestionadas bloqueando a saída do ar pelas narinas, o que causará mais incômodo na viagem.


“Durante o pouso e a decolagem, uma das maneiras de aliviar o desconforto é mobilizar a musculatura de mastigação e deglutição (mastigar e deglutir algum alimento, mascar chiclete, beber pequenas quantidades de líquidos).


As crianças de baixa idade devem ingerir líquidos (água, sucos) ou serem amamentadas. Ou fazer a manobra de Valsalva (expiração suavemente forçada, com a boca fechada e os dedos comprimindo o nariz)”, orientou o médico.


Para pessoas que apresentam pneumonia ou tuberculose, não é recomendável efetuar alguma viagem. Durante o trajeto, pode ocorrer um agravamento da doença, além de haver o risco de contaminação para os outros passageiros. Em casos de crise de asma recente com hospitalização, também pode requerer adiar a viagem.


Segundo o médico, se a pessoa apresenta doenças como bronquite crônica, enfisema pulmonar, em que a capacidade de oxigenar o sangue fica reduzida, os voos prejudicam ainda mais o quadro do paciente. Nestes casos, alguns testes são realizados para verificar se há auxílio de oxigênio durante o trecho. E autorização médica.


Os passageiros com câncer, distúrbios de coagulação ou gravidez devem evitar voos com mais de 4 horas de duração, pois há possibilidades de ocorrer algum tipo de trombose. Conforme a obstetra Núbia Gonçalves Vianna, há pacientes que estão na área de risco a coagular o sangue, que pode ser desencadeado por diversos fatores como colesterol alto, triglicérides altas, diabetes, hipertensão, fumantes, pacientes que bebem exageradamente.


“Existe uma gama de situações que podem levar à trombose, então, antes de programar qualquer viagem aérea, pacientes com problemas de saúde, assim como as grávidas, devem procurar seu médico”.

CUIDADOS PARA GESTANTES.
As gestantes que tenham tido parto prematuro, atividade uterina aumentada, assim como incompetência istmo-cervical (é a incapacidade do útero de suportar a gravidez até o fim”), entre outros, conforme a obstetra, devem evitar viagens longas. Em casos de sangramentos e dores, o passeio deve ser cancelado.


Após a 36ª semana de gestação, é necessário uma autorização médica e depois da 38ª semana, somente pode viajar a gestante acompanhada dos médicos. Já os recém-nascidos é aconselhável viajar somente após a primeira semana de vida.


Há restrições para quem passou por cirurgias, no caso das oftálmicas, torácicas e abdominais, o recomendável é aguardar pelo menos 7 a 10 dias antes de viajar – a decisão é analisada caso a caso, com o especialista. Não se esqueça de levar a medicação habitual na bagagem de mão, bem como tomar sempre nas doses e frequências prescritas.

CORAÇÃO – Pessoas com marca-passos e que estiverem fazendo o uso de desfibriladores, não há restrições quanto aos voos. Porém, aquelas com insuficiência cardíaca grave e descompensada, estão impossibilitadas, ressalvo, em casos moderados, onde os pacientes dever analisar a situação com o seu médico. Também não devem voar as pessoas com taquicardia ventricular ou supraventricular.


Cuidado também com a pressão, quem sofre com hipertensão arterial, deve adotar alguns cuidados, como antes de embarcar, verificar se a pressão está normal e estável, tomar os seus medicamentos de forma adequada e não fazer uso de bebidas alcoólicas ou de café durante o trajeto.

Nenhum comentário:

Postar um comentário