FONTE: Nicholas Bakalar, New York Times News Service (noticias.uol.com.br).
Pesquisadores analisaram os registros de 300.858 mulheres que deram à luz pela primeira vez em uma gestação única (de um só bebê), de 1996 a 2008, e compararam os dados com o registro de abortos induzidos de 1983 a 2008. A análise foi publicada online na quarta-feira da semana passada, no periódico Human Reproduction.
Após levar em conta tabagismo, histórico de abortos, nível socioeconômico e outros fatores, os pesquisadores descobriram que o risco de partos extremamente prematuros, ocorridos antes da 29ª semana de gestação, aumentava com o total de abortos aos quais a gestante tinha se submetido antes da gestação: 19 por cento se 1 aborto, 69 por cento no caso de 2, e 278 por cento se fossem 3.
Eles também descobriram um aumento do risco de parto prematuro (ocorrido antes da 37ª semana de gestação) e de peso baixo ao nascer, mas apenas nas mulheres que haviam realizado três ou mais abortos.
Os autores avisam que variáveis desconhecidas podem ter influenciado as descobertas e que seu estudo observacional não estabelece uma relação de causa e efeito. Contudo, eles acreditam que a descoberta pode ser explicada por infecções que algumas vezes ocorrem antes e depois da cirurgia de aborto.
"O risco é baixo", afirmou a principal autora do estudo, Reija Klemetti, pesquisadora do Instituto Nacional de Saúde e Bem-Estar da Finlândia, "e o aborto é um procedimento cirúrgico seguro. Mas submeter-se a mais de dois abortos pode trazer sequelas e essa informação deve ser incluída nos programas de educação sexual".
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