O Tribunal Regional
Federal da 3ª Região manteve a decisão que obriga o governo federal a
transferir a menina Sophia Gonçalves de Lacerda, de 5 meses, para os Estados
Unidos em até 15 dias. Lá, a menina, que tem uma doença rara, será submetida a
um transplante multivisceral.
A Justiça havia
determinado no dia 27 de maio que a criança fosse tratada no exterior, alegando
que a menina não pode ser tratada no país.
O governo então entrou
com um recurso, sugerindo uma medida alternativa –a transferência de Sophia a
um hospital no Brasil, possivelmente o Sírio-Libanês, para realizar exames. O
recurso foi negado na segunda (16). Segundo o juiz federal Márcio Moraes, o
diagnóstico da doença foi feito com exames realizados no Hospital de Clínicas
da Unicamp e no Hospital Samaritano de Sorocaba, onde ela está internada.
Sophia tem a Síndrome
de Berdon, doença rara que afeta a bexiga, o intestino e o estômago, e precisa
de um transplante multivisceral.
No Brasil, esse
transplante faz parte de um protocolo experimental autorizado pelo Ministério
da Saúde. Apenas dois pacientes já fizeram o procedimento, e ambos morreram
após a operação.
Nos EUA, a cirurgia é
realizada há mais de uma década e pode custar US$ 1 milhão (R$ 2,2 milhões).
Sophia deverá entrar na lista de espera de transplantes dos EUA e ser operada no Jackson Memorial Hospital, em Miami. De acordo com o Ministério da Saúde, ainda não há uma data de transferência da menina.
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