Que eu leve o amor... A mim, em primeiro lugar.
Que eu leve o amor para dentro de mim e que todo
auto-ódio se converta em chance, em nova chance.
Que eu me dê novas chances... De amar de novo, de
acertar de novo, de dar ao menos um pequeno passo adiante, afastando-me da
estagnação.
Onde houver ódio em mim, que eu leve o amor; não
esse amor de plástico, disfarçado de complacência, que mais me engana do que me
enobrece.
Que seja um amor maduro, que proclama seguro: Eu
sei quem sou! Eu sei quem quero ser!
* * *
Que eu leve o amor... À minha família.
Onde houver ódio em minha família, que eu leve o
amor...
Que eu seja a luz, mesmo que pequenina, a iluminar
a escuridão dos dias difíceis em meu lar.
Que eu leve o amor aos que sofrem em silêncio e não
querem falar de suas mazelas. Que minhas preces e meu sorriso os guarde em
paz...
Que eu leve o amor quando seja ofendido,
maltratado, menosprezado, esquecido. Que eu lembre de oferecer a outra face do
ensino do Cristo.
Que eu leve o amor quando meus filhos sejam
ingratos. Que minha ternura não seque tão facilmente.
Que eu leve o amor quando meus pais não me
compreendam e não sejam os pais que gostaria de ter.
Que minha compreensão desperte de seu sono e
perceba que eles buscam acertar, que buscam dar o melhor de si, embora nem
sempre tenham êxito.
São os pais que preciso. São os pais que me amam.
Que eu leve o amor quando o romance esfriar e
algumas farpas de gelo me ferirem o coração.
São os espinhos da convivência. Não precisam se
transformar em ódio se o amor assim desejar.
Que eu leve o amor... Aos meus inimigos.
Que eu leve o amor mesmo a quem não me tem amor.
Que eu respeite. Que eu compreenda. Que eu não me
entregue ao ódio tão facilmente.
Que eu leve o amor aos que me querem mal, evitando
aumentar seu ódio com meu revide, com minha altivez.
Que ore por eles. Que lhes peça perdão em prece,
mesmo muitas vezes não recordando dos equívocos que macularam seus corações.
Que lhes mostre que ontem errei, mas que hoje estou
diferente, renovado, disposto a reconstruir o que destruí.
Que eu leve o amor... A minha sociedade.
Que eu leve o amor aos que não conheço, mas que
fazem parte de meu mundo.
Que eu aprenda a chamá-los todos de irmãos...
Que eu leve o amor ao mundo, perfumando a Terra com
bons pensamentos, com otimismo, com alegria.
Que eu leve o amor aos viciados em más notícias,
aos pessimistas, aos que já se entregaram à derrota.
Que meu amor os faça ver a beleza da vida, das Leis
de Deus, do mundo em progresso gerido por Leis de amor maior.
Que eu leve o amor aos carentes, do corpo e da
alma. Que meu sorriso seja a lembrança de que ainda há tempo para mudar, para
transformar.
Sou agente transformador. Sou agente iluminador.
Sou instrumento da paz no mundo.
Que eu leve o amor...
Redação do Momento Espírita.
"A maior caridade que podemos fazer pela Doutrina Espírita é a sua divulgação." Chico Xavier – Emmanuel.
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