FONTE: Noemi Flores, TRIBUNA DA BAHIA.
Álcool e cigarro são fatores de
risco para o câncer de boca, segundo especialistas. A estimativa é que este ano
no Brasil atinja cerca de 15 mil de casos, sendo diagnosticados mais homens, ou
sejam 11.280 de câncer de cavidade oral em homens e 4.010 em mulheres.
Este é um dos assuntos ligados à
saúde bucal da população que estão sendo discutido no Centro de Convenções
durante o XVII Congresso InternacionaI de Odontologia na Bahia (Cioba), que tem
como tema: “As especialidades se encontram aqui”.
O evento começou ontem e
encerra-se no próximo sábado (1º de novembro).
O cirurgião-dentista Antonio
Falcão, participante do congresso, alerta a população, principalmente quem
ingere muito álcool e fuma cigarro constantemente, para qualquer alteração
bucal procurar um especialista.
“Uma ferida bucal que não
cicatriza durante 14 dias pode ser um câncer”, adverte, ao mesmo tempo destaca
que “todo câncer é curável desde que diagnosticado precocemente”.
Carcinomas de células escamosas
são a maioria dos cânceres de boca e garganta, também chamados de carcinomas
espinocelulares ou ainda carcinomas epidermoides. As células escamosas são
achatadas, e normalmente revestem a cavidade bucal e a garganta.
Os cânceres das glândulas
salivares menores podem se desenvolver nas glândulas encontradas logo abaixo do
revestimento da boca e da garganta. De acordo com especialistas, há vários
tipos de cânceres das glândulas salivares menores.
Falcão enfatiza que as pessoas
não podem se descuidar porque uma vez presente o tumor pode evoluir. “Todos os
cuidados nesta área devem ser seguidos pelo paciente”, disse, complementando
que “quem não fuma e não bebe o que chamamos atenção são os fatores de risco
que a boca está sujeita”, destacou.
Por exemplo: uma pessoa que
costuma ingerir sopa ou outro alimento muito quentes e, logo após beber
algo bem gelada isto pode causar “ um desequilíbrio por esta variação brusca de
temperatura”, alertou o cirurgião.
Em relação aos números de casos
de câncer bucal no estado, o dentista disse que é muito difícil se saber com
exatidão porque “a Bahia não foi diagnosticada por causa do descuido
público. Não temos um hospital, diferentes de outros estados do Nordeste como
Pernambuco, Ceará e Paraíba que propiciam os cuidados necessários à população”,
lamentou.
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