FONTE: iG São Paulo, TRIBUNA DA BAHIA.
Os hábitos relacionados à amamentação podem variar de acordo com a nacionalidade
das mulheres. Na França, por exemplo, elas não se sentem muito à vontade para
amamentar em público, ao contrário das brasileiras e das norte-americanas. A
culpa por não poder alimentar os filhos com leite materno, porém, é um
sentimento comum a quase todas as mães.
Essas
são algumas conclusões da Pesquisa Global Lansinoh sobre Amamentação - 2014,
realizada pela Lanisoh Laboratórios, empresa especializada em acessórios para a
amamentação.
A
pesquisa entrevistou 13.169 mães e gestantes, entre 18 e 40 anos, em nove
países: Brasil, China, França, Alemanha, Hungria, México, Turquia, Reino Unido
e Estados Unidos. O resultado mostrou que as experiências das mulheres com a
amamentação e as atitudes em relação ao aleitamento variam de acordo com a
cultura a que elas estão expostas.
Dificuldades.
A
impossibilidade de amamentar um filho estimula o sentimento de culpa em quase
todas as mulheres, independente do país de origem. Entre as brasileiras, 93%
afirmaram que se sentiriam culpadas caso não amamentassem. A única exceção está
nas mães da Alemanha: 61% afirmaram que não desenvolveriam esse tipo de
sentimento por não poder amamentar.
Além da
culpa, as entrevistadas relataram outros problemas da maternidade, em relação
ao aleitamento. Precisar acordar de madrugada está entre as três principais
dificuldades, em todos os países. No Brasil, 47% das mulheres ainda revelaram
sentir muita dor para amamentar e 33% reclamaram da dificuldade para aprender
as técnicas de amamentação corretas na fase inicial.
A
amamentação em público também foi um tópico abordado pela pesquisa da Lansinoh.
Embora seja um tema cada vez mais discutido por mulheres e gestantes, nem todas
conseguem ficar à vontade para alimentar os próprios filhos.
Países
como China e França apresentaram o maior porcentual de mães que dizem que
amamentar em público é constrangedor. Aqui, 55% das entrevistadas acham que
isso é algo perfeitamente natural, 22% acham que é inevitável, 21% acham
constrangedor e somente 2% acham que amamentar em público é errado.
Extração.
Extrair
o leite é uma estratégia comum entre as lactantes dos 9 países. Um percentual
entre 71% a 85% afirmaram que usam ou planejam utilizar uma bomba extratora
para tirar o leite materno.
A frequência
da extração também varia pouco com a nacionalidade das mulheres. A maioria
disse extrair o próprio leite “ocasionalmente”. Esse dado muda em relação às
húngaras: 41% afirmaram que fazem a extração diariamente.
As
principais razões que motivam a extração do leite materno são variadas. As
mulheres querem construir um estoque de leite materno, ter a garantia de que o
alimento estará disponível em caso de emergências, evitar problemas de saúde
relacionados ao “excesso” de leite nas mamas e o envolvimento do parceiro na
rotina de amamentação.
Para
97% das entrevistadas, o aleitamento materno é a melhor forma de nutrir o bebê,
garantindo que ele cresça saudável e com todos os nutrientes necessários.
Ainda
assim, a importância da amamentação vai além. As mães também veem esse momento
como uma maneira de estreitar os laços de afeto e intimidade com os filhos.
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