FONTE: TRIBUNA DA
BAHIA.
O
secretário-geral da Organização das Nações Unidas - ONU, Ban Ki-moon, alertou
ontem (29/10) que, sem apoio urgente, a fome pode voltar à Somália.
“Insisto
para que os dadores reforcem contribuições para evitar mais fome na Somália”,
apelou Ban Ki-moon, em conversa com jornalistas durante visita a Mogadíscio,
capital somali. Há três anos, cerca de 250 mil pessoas morreram de fome no
país.
“Mais
de 3 milhões de somalis necessitam hoje de assistência humanitária. E,
infelizmente, esse é um número crescente”, acrescentou o secretário-geral das
Nações Unidas. A ONU recebeu cerca de US$ 318 milhões, um terço do dinheiro
solicitado (US$ 933 milhões) para enfrentar o problema.
Juntamente
com o chefe do Banco Mundial, Jim Yong Kim, Ban Ki-moon encontrou-se com o
presidente da Somália, Hassan Sheikh Mohamud, no aeroporto de Mogadíscio,
guardado por tropas de apoio da União Africana. O secretário-geral da ONU disse
que a Somália tem feito “progressos notáveis” desde a sua última visita à
capital, em 2011, quando teve de usar um colete à prova de bala.
"Devagar,
a Somália acorda de um grande pesadelo”, afirmou Ban Ki-moon, dizendo-se,
porém, “bastante preocupado” com a crise humanitária e a falta de recursos.
Rebeldes
da Al Shebab, organização ligada à rede terrorista Al Qaeda, embora permaneçam
uma potencial ameaça, têm perdido partes do território que haviam conquistado e
algumas cidades para tropas somali e forças da União Africana.
Durante
este ano, a Al Shebab atacou o centro de Mogadíscio, incluindo o palácio
presidencial e a sede do Parlamento. Ban Ki-moon observou que o poder da
organização diminuiu, mas "ainda não acabou”.
Segundo
a ONU, mais de 1 milhão de somalis estão sujeitos à fome, mais de 1 milhão
abandonaram suas casas durante os confrontos e há 1 milhão vivendo como
refugiados na região. De acordo com o Gabinete da ONU para Coordenação dos
Assuntos Humanitários, cerca de 218 mil crianças menores de 5 anos estão
subnutridas, 7% a mais do que no início do ano.
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