FONTE: TRIBUNA DA
BAHIA.
A
dosagem de creatinina no sangue é um instrumento valioso para diagnosticar
precocemente doenças renais. Dados da Sociedade Brasileira de Nefrologia
(SBN) mostram que existem 100 mil brasileiros em diálise, com uma taxa de
internação hospitalar de 6% ao mês e um gasto anual somente com a terapia
renal substitutiva (hemodiálise e diálise peritoneal) de mais de R$ 2,2
bilhões.
A
inclusão da creatinina no pedido de exame de sangue pode impedir e
retardar o avanço da enfermidade, que causa a morte de 15% de pacientes em
diálise por ano, já que 70% descobrem a doença tardiamente.
Simples
e eficaz, o exame pode ser feito nas Unidades Básicas de Saúde (UBS),
assim como os testes de colesterol, glicose e outros exames de sangue comuns e
importantes para a prevenção de doenças crônicas.
Os
dados alertam também para as complicações nefrológicas na gestação. Segundo
Daniel Rinaldi dos Santos, presidente da SBN, em uma gravidez normal, a mulher
tem uma queda na dosagem de creatinina no sangue. “Qualquer elevação nessa
dosagem significa uma gestação de alto risco, com possibilidade de complicações
graves para a mãe e o feto”, afirma.
No caso
de grávidas portadoras de diabetes, hipertensão, glomerulopatias (doenças que
acometem os glomérulos, que são estruturas constituídas por um tufo de capilares
sanguíneos) e qualquer alteração na função renal necessitam de acompanhamento e
controle médico rigoroso.
“Medir
os índices de creatinina no sangue é uma maneira simples de saber se os rins
estão funcionando normalmente. A insuficiência renal é uma doença silenciosa em
que os sintomas se manifestam em estágios avançados, na maioria das vezes já em
fase de diálise ou transplante renal”, afirma Rinaldi.
A
creatinina é um metabólito que circula pelo sangue e serve como um marcador do
funcionamento dos rins, sobretudo para avaliar sua capacidade de
filtração. A sua alteração aumenta o risco de mortalidade por causas
cardiovasculares. A presença da creatinina no organismo apresenta uma
variação em relação ao sexo e ao volume de massa muscular.
A sua
concentração no sangue é maior nos homens e nos atletas. Nas mulheres, crianças
e idosos, a concentração sanguínea é proporcionalmente menor. A quantidade de
creatinina aumenta à medida que ocorre a diminuição da função dos rins. Por
isso, são utilizados como marcadores da função renal. Os aumentos se tornam
significativos quando existe uma perda de mais de 50% da função dos rins.
Números.
-- 50/100.000 habitantes é a prevalência de pacientes em
diálise no país
-- 100 mil brasileiros em diálise
-- 31% dos pacientes em diálise são idosos de 65 a 81 anos
-- 70% dos pacientes em diálise descobrem a doença tardiamente
-- 2,2 bilhões de reais são gastos em tratamentos dialíticos
-- 15% é a taxa de mortalidade de pacientes em diálise
-- 50% é a taxa de mortalidade de IRA (Insuficiência Renal Aguda)
-- 1 em cada 6 hipertensos terá doença renal
-- Nefrite é a terceira causa de diálise no Brasil.
-- 100 mil brasileiros em diálise
-- 31% dos pacientes em diálise são idosos de 65 a 81 anos
-- 70% dos pacientes em diálise descobrem a doença tardiamente
-- 2,2 bilhões de reais são gastos em tratamentos dialíticos
-- 15% é a taxa de mortalidade de pacientes em diálise
-- 50% é a taxa de mortalidade de IRA (Insuficiência Renal Aguda)
-- 1 em cada 6 hipertensos terá doença renal
-- Nefrite é a terceira causa de diálise no Brasil.
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