O vapor dos cigarros eletrônicos contém
substâncias cancerígenas, em quantidades muito variáveis que podem superar as
concentrações da fumaça do cigarro tradicional, segundo um estudo japonês
divulgado nesta quinta-feira (27).
De acordo com o documento sem conclusões
definitivas, os vapores absorvidos geralmente contêm, entre outros,
formaldeído, um composto também conhecido como formol, que é considerado
cancerígeno, acroleína, glioxal (o ethanedial) e também metilglioxal.
"As taxas variam consideravelmente de uma
marca para outro e, inclusive, dentro da mesma marca, de uma mostra para
outra", destacaram os cientistas, que mediram as concentrações das
diferentes substâncias em cinco marcas (não citadas) de cigarros eletrônicos.
"Em uma das marcas analisadas, a equipe de
pesquisa encontrou um nível de formaldeído que chegou a 10 vezes mais que o
registrado em um cigarro tradicional", explicou o cientista Naoki
Kunugita, que coordenou o estudo.
No entanto, a taxa de formaldeído não é
constante, "varia durante a experiência e aumenta particularmente em caso
de superaquecimento do fio de resistência integrado", destacou.
Os testes foram realizados com uma máquina que, a
cada ocasião, realiza uma série idêntica de 15 aspirações, em 10 oportunidades,
com o mesmo cartucho, com pausas.
O estudo do Instituto Nacional de Saúde Pública
foi entregue ao ministério da Saúde japonês, que questiona, assim como seus
equivalentes em outros países, até que ponto é necessário regulamentar o uso
dos cigarros eletrônicos sem nicotina que utilizam líquidos perfumados.
Os consumidores de cigarros eletrônicos no Japão
são menos visíveis que os fumantes tradicionais e as lojas especializadas
consideravelmente menos numerosas, mas a transição do tabaco para o vapor é um
fenômeno crescente que provoca a preocupação das autoridades.
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