FONTE: Carmen Vasconcelos (carmen.vasconcelos@redebahia.com.br), CORREIO DA BAHIA.
A perda
muscular própria em algumas situações costuma comprometer a funcionalidade do
paciente até mais que as próprias doenças.
Há cerca de cinco anos, a bancária Lucimar Lopes, 56 anos,
foi diagnosticada com uma insuficiência cardíaca. Na época, o médico que a
acompanhava sugeriu que ela iniciasse uma reabilitação com a técnica de Pilates
para preparar o coração para uma cirurgia. “Passei a fazer o Pilates três vezes
por semana e parei de cansar o tempo todo, voltei a conseguir trabalhar em
casa, minha qualidade de vida melhorou e, até agora, consegui passar sem a
cirurgia”, comemora, lembrando que os resultados foram percebidos pelos
vizinhos e amigos. “Sou uma divulgadora desse tipo de reabilitação”, conta em
tom de brincadeira.
Criado nos anos 20 do século passado, o Pilates vem se
mostrando uma boa ferramenta para ajudar pacientes com doenças do coração e os
que lutam contra o câncer. Isso porque os pacientes costumam sofrer com a perda
da massa magra e da força muscular pelo tempo que precisam ficar acamados ou em
inatividade por força do uso das medicações. A perda muscular própria nessas
situações costuma comprometer a funcionalidade do paciente até mais que a
própria doença. A reabilitação física evita a perda da musculatura e ajuda o
paciente a suportar o esforço.
Para o cardiologista Otávio Lopes Peixoto, do Hospital
Ana Nery, as diversas modalidades de reabilitação, incluindo o Pilates, são
úteis para pacientes cardiopatas na medida em que melhoram a qualidade de vida
destes pacientes, reduzindo de forma significativa os sintomas da doença
cardíaca, possibilitando ainda a redução do número de reinternações
hospitalares, além de aumentar a sobrevida. “É inegável a repercussão da
reabilitação nos aspectos psicológicos destes pacientes, visto que além da
melhora dos sintomas cardíacos, existe também o fortalecimento da autoestima e
funcionalidade social dos mesmos”, completa o médico.
Pioneirismo.
De acordo com a fisioterapeuta Juliana Simon, especialista pelo Instituto do Coração(Incor/USP) num tipo de reabilitação específica para pacientes com câncer e doenças do coração e pioneira no tratamento no estado, mais que trabalhar o corpo, o Pilates voltado para a reabilitação permite que pacientes possam voltar a se movimentar com tranquilidade, devolvendo a integridade física sem desgastes. “Todas as séries de atividades são desenvolvidas para se adequar à necessidade do paciente, assim alguém com leucemia, por exemplo, não pode ter grandes gastos energéticos, então o movimento precisa respeitar isso”, esclarece, ressaltando que já os pacientes que tiveram câncer de mama ou qualquer problema ósseo precisaram centrar os seus esforços num reforço da musculatura.
De acordo com a fisioterapeuta Juliana Simon, especialista pelo Instituto do Coração(Incor/USP) num tipo de reabilitação específica para pacientes com câncer e doenças do coração e pioneira no tratamento no estado, mais que trabalhar o corpo, o Pilates voltado para a reabilitação permite que pacientes possam voltar a se movimentar com tranquilidade, devolvendo a integridade física sem desgastes. “Todas as séries de atividades são desenvolvidas para se adequar à necessidade do paciente, assim alguém com leucemia, por exemplo, não pode ter grandes gastos energéticos, então o movimento precisa respeitar isso”, esclarece, ressaltando que já os pacientes que tiveram câncer de mama ou qualquer problema ósseo precisaram centrar os seus esforços num reforço da musculatura.
A reabilitação com o Pilates também respeita etapas de
recuperação do paciente e pode ser usada em vários momentos do processo de
tratamento, especialmente na hora de reabilitar as pessoas para suas atividades
rotineiras. “Tudo é desenvolvido com base fisiológica”, esclarece. Ela destaca
que mesmo respeitando as necessidades específicas, é necessário que a prática
seja mantida por, no mínimo, duas vezes na semana.
Em cada sessão, mesmo quem nunca praticou atividade
física regular pode aprender a realinhar a postura do corpo, melhorar a
coordenação motora, aumentar a concentração, a força, flexibilidade, além de
ampliar o potencial respiratório permitindo que, por consequência, também haja
uma estimulação no sistema circulatório e na oxigenação do sangue, fato que
estimula a imunidade.
Reforço.
Maria Janildes Gomes, 62 anos, era uma pessoa indisposta dentro de casa. Há três anos, ela luta contra uma leucemia que baixava sua imunidade e a deixava cheia de dores no corpo. “Ao contrário do que as pessoas pensam sobre leucemia, digo que a minha vida inteira sempre comi bem, trabalhava, mas era sedentária. A reabilitação duas vezes por semana, mudou minha vida e, hoje, até mesmo minha filha, que começou a reclamar de cansaço quando chegava do trabalho, começou a fazer Pilates”, diz, lembrando que está se preparando para fazer um transplante de medula óssea nos próximos meses. “Retomei prazeres simples como cozinhar e isso tem sido importante”, completa, ilustrando as vantagens do tratamento fisioterápico.
Maria Janildes Gomes, 62 anos, era uma pessoa indisposta dentro de casa. Há três anos, ela luta contra uma leucemia que baixava sua imunidade e a deixava cheia de dores no corpo. “Ao contrário do que as pessoas pensam sobre leucemia, digo que a minha vida inteira sempre comi bem, trabalhava, mas era sedentária. A reabilitação duas vezes por semana, mudou minha vida e, hoje, até mesmo minha filha, que começou a reclamar de cansaço quando chegava do trabalho, começou a fazer Pilates”, diz, lembrando que está se preparando para fazer um transplante de medula óssea nos próximos meses. “Retomei prazeres simples como cozinhar e isso tem sido importante”, completa, ilustrando as vantagens do tratamento fisioterápico.
Nas palavras da oncologista Júlia Andrade de Oliveira, da
Clínica AMO, especificamente em pacientes oncológicos, a prática de atividade
física permite que eles vivam mais e melhor. “Exercícios físicos não só reduzem
riscos de recidiva de neoplasia e aumentam sobrevida, como permitem uma melhor
qualidade de vida, através de melhor manejo de efeitos colaterais como astenia
(fraqueza muscular), artralgia e mialgia (dor em articulações e dor muscular),
além de melhor controle da ansiedade e depressão, que invariavelmente surgem no
paciente que recebe diagnóstico de câncer”, completa.
A médica destaca ainda que pacientes que fazem atividade
física apresentam menor intensidade de efeitos colaterais com o tratamento
(quimioterapia e radioterapia), conseguem se recuperar mais rapidamente de
sequelas do tratamento, manter um humor mais equilibrado, melhor qualidade de
sono e menor nível de estresse emocional. A cardiologista Maria Cristina Torres
Cardoso, da Clínica Serviços Integrados em Medicina (SIM), destaca que antes de
ser submetido a qualquer reabilitação física, é importante que o paciente passe
por uma avaliação, onde além das atividades físicas, também sejam contempladas
as questões nutricionais.
“Obtivemos grandes melhoras em pacientes coronarianos ou
com insuficiência cardíaca”, finaliza. As sessões de reabilitação em Pilates
custam uma média de R$ 90 e pacotes com valores mais acessíveis podem ser
fechados na Av. Anita Garibaldi, 1.815 - Centro Médico Empresarial, bloco B,
sala 403, telefone 071-2137.8067.
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