5 OBJETOS QUE PODEM SE TORNAR VILÕES DA SUA SAÚDE...

FONTE: Da REDAÇÃO, www.msn.com

Descongestionante nasal, cotonete, enxaguante bucal, piercing e fones de ouvido são itens bem comuns em nosso dia a dia, certo? Mas fique atento, pois se eles forem usados de maneira errada podem trazer sérias complicações à saúde. Para quem sofre de rinite, sinusite ou gripes constantes, o descongestionante nasais, por exemplo, pode se tornar num grande vilão. Por mais que eles proporcionem um certo alívio. Isso porque o uso frequente pode "viciar" o nariz.

"Os descongestionantes nasais fazem com que os vasos sanguíneos do nariz desinchem e, se usados cronicamente e em grandes doses, podem causar um quadro de rinite medicamentosa, esta que é provocada pelo uso incorreto de medicamentos em forma de gotas para descongestionar o nariz. Além disso, provocam aumento de pressão arterial e pode até mesmo gerar arritmias cárdicas [alteração no ritmo das batidas cardíacas]", alerta o médico Paulo Saraceni Neto, membro da Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico Facial (ABORL-CCF).

Outro produto presente em nosso cotidiano é o enxaguante bucal, bastante útil para a saúde dos nossos dentes porque ajudam a combater o mau hálito e a gengivite [inflamação da gengiva], entre outras funções. Mas o uso diário e corriqueiro pode se tornar um problema, pois boa parte dos enxaguantes bucais vendidos nos supermercados contêm uma quantidade significativa de álcool em suas composições, o que é nocivo para nossa saúde se usado todo dia."Os dentistas e odontólogos, especialistas em higiene bucal, são categóricos em dizer que a melhor maneira de se manter a higiene dessa região é utilizando a escova e a pasta de dentes, pelo menos, três vezes ao dia, e após as refeições. O uso do enxaguante bucal tem efeito mais cosmético, ou seja, serve para aquelas ocasiões em que a pessoa quer dar uma disfarçada no hálito. Nestes casos, o uso é tolerado", opina Paulo Saraceni.

Outro objeto muito presente na rotina das pessoas atualmente é o fone de ouvido. Mas, atenção. Por mais que ele proporcione momentos de descontração com as músicas, usá-los num volume altíssimo pode fazer muito mal. "Além do trauma causado, devido à intensidade do som, o uso repetido dos fones de ouvido do tipo intra-auricular [que se coloca no canal do ouvido] pode formar um excesso da famosa "cera de ouvido". E, assim, a pessoa poderá notar facilmente alguns sintomas, como sensação de ouvido tampado, diminuição da audição, dor e até tontura. Além de provocar otites externas, que são infecções da pele do ouvido", reforça o médico.

Outro item que pode prejudicar nossa saúde sem que se perceba são as hastes flexíveis de algodão, os famosos cotonetes. "As pessoas pensam que a cera dentro da orelha é sujeira, o que não é verdade. Ela funciona como proteção dos ouvidos contra a agressão de agentes externos, como bactérias e fungos", completa Paulo Saraceni Neto. Quer mais dicas sobre como usar corretamente esses itens?

DESCONGESTIONANTE NASAL.

A mucosa - tecido que reveste a parte interna - do nariz é cheia de vasos sanguíneos que aquecem e umedecem o ar que respiramos. Em casos como rinite, resfriados ou sinusites, por exemplo, estes vasos "incham" como resposta do corpo à agressão. E esse aumento da vascularização é responsável pelo nariz entupido. Então, quando vamos pingar o descongestionante, os vasos sanguíneos do nariz desincham e, por tempo determinado, diminuímos o volume de sangue daquela região. Com isso, no mesmo instante, o ar volta a passar com facilidade pelo nariz e a pessoa sente um alívio muito grande. Mas o médico Paulo Saraceni Neto, alerta que o efeito é temporário. "Se a causa inicial da inflamação e do "inchaço" não for tratada adequadamente, o paciente vai observar a necessidade de usar uma quantidade maior do produto. Por isso que, usualmente, afirma-se que o descongestionante "vicia" porque o paciente só consegue respirar utilizando-o e, quando interrompe, o nariz volta a entupir", adverte o especialista.

COTONETE.

O cotonete é indicado para efetuarmos a limpeza do pavilhão auricular [a parte externa do ouvido], principalmente naquelas "dobrinhas" da cartilagem da orelha e também na área que se junta à região do couro cabeludo. Até aí tudo bem. O item só passa a ser um vilão quando as pessoas tentam introduzi-lo no canal do ouvido para remover cera ou sujeira de forma abrupta. Assim, a chance de qualquer dano no ouvido pode ser maior do que o benefício do cotonete. A limpeza deve ser feita apenas na parte externa do canal e no pavilhão auditivo, que são as partes visíveis do ouvido a olho nu. O uso com frequência do cotonete pode causar desde um sangramento até a perfuração do tímpano. "É preciso lembrar que a pele do canal do ouvido é muito fina e qualquer dano pode inflamar. Outra coisa que pode ocorrer é que, ao introduzir o cotonete neste local, a pessoa acaba empurrando a cera, que é uma proteção natural, em direção ao tímpano. E isto pode levar a um entupimento do ouvido e, em alguns casos, até trauma no tímpano [membrana que fica na parte interna do canal do ouvido]", explica Paulo, membro da Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico Facial.

ENXAGUANTE BUCAL COM ÁLCOOL.

"Primeiro que, muitas vezes, ocorre um certo desleixo por parte da pessoa, pois ela deixa de dar a devida importância para a escovação só porque vai usar o enxaguante bucal. Além disso, alguns produtos no mercado, cuja fórmula contém álcool, podem, em longo prazo, gerar um ressecamento da mucosa oral e gerar lesões internas na boca", explica o médico.

PIERCING.

"Não recomendo utilizar piercing em áreas que tenham contato direto com a cartilagem, isto inclui narinas e região alta das orelhas, pois quando colocados nestas regiões podem infeccionar com maior facilidade. O que acontece devido a uma baixa presença de vasos sanguíneos no tecido cartilaginoso, fazendo com que estas infecções destruam, aos poucos, a cartilagem. Além disso, podem, inclusive, causar algumas deformidades permanentes nestas áreas", reforça o médico.

FONES DE OUVIDO.

"Além do trauma, devido à intensidade do som, o uso constante dos fones de ouvido, do tipo intra-auricular [que vão no canal do ouvido], pode causar o excesso de formação da famosa "cera de ouvido". Isso pode causar sintomas como sensação de ouvido tampado, diminuição da audição, dor e até tontura e tosse. Há casos ainda de otites externas, que são infecções na pele do ouvido", completa o médico Paulo Saraceni Neto.