FONTE: TRIBUNA DA BAHIA.
De
acordo com o Programa Nacional de Combate ao Câncer de Pele, essa doença é a
mais comum entre todos os tipos de câncer, representando mais da metade dos
diagnósticos. Até o final deste ano, quase 189 mil casos devem ser registrados
no país.
A
dermatologista Maria Kotzias, da MK Derma, explica que o câncer de pele não
melanoma é o mais comum, sendo o melanoma o menos incidente.
“Cada
caso é um caso, é preciso avaliar e acompanhar os paciente. Mas o mais
importante e primário tratamento para o combate ao câncer é a informação. É
preciso alertar sobre os riscos gravíssimos que a exposição de forma inadequada
ao sol pode causar. A maioria dos casos pode ser evitado com simples medidas de
proteção solar”, comenta Kotzias.
Dados
coletados na Campanha Nacional de Prevenção ao Câncer de Pele, da SBD, mostram
que os brasileiros estão longe de se proteger adequadamente. “Estamos no final
do ano, época em que as pessoas saem de férias e geralmente vão à praia, usam e
abusam do sol. Cabe a nós profissionais instruir de forma correta a exposição e
falar dos sérios riscos que um câncer pode representar à saúde”, acrescenta a
dermatologista da MK Derma.
O que é o Câncer de Pele.
Trata-se
de uma doença definida pelo crescimento anormal e descontrolado das células que
formam a pele. “Qualquer célula que compõe a pele pode desencadear um câncer. A
doença pode ser não melanoma e melanoma. Entre os não melanoma, há o carcinoma
basocelular, que é o mais frequente e menos agressivo, e o carcinoma
espinocelular, mais agressivo e de crescimento mais rápido”, explica a médica.
O
tratamento varia de caso para caso e de acordo com o tipo do câncer, mas a
recomendação é quase sempre cirúrgica para a remoção do tumor.
Como prevenir.
A
prevenção deve ser feita todos os dias, mas no verão os cuidados devem
redobrar! Mesmo em dias de frio ou chuvosos, é necessário usar filtro solar. “A
orientação é unânime: evite o sol entre 10h e 16h, use diariamente filtro solar
com FPS mínimo 30, reaplique o protetor a cada duas horas. O uso de chapéus ou
bonés e camisetas também ajuda muito para evitar alterações celulares que
desencadeiam a doença. É importante frisar que quanto mais queimaduras solares,
maior é o risco”.
O sol
não é o único vilão. Existem outros fatores de risco, entre eles a idade e o
sexo, a característica da pele, o histórico familiar e pessoal e também a
imunidade. “A doença surge com mais frequência na idade adulta, mas
ninguém está isento. Pessoas com a pele, cabelos e olhos claros também estão
entre os que têm mais chances de ter a doença, assim como os albinos. Uma pele
que sempre se queima e nunca bronzeia também corre mais risco”, explica a
médica Maria Kotzias.
Quem
tem pintas espalhadas pelo corpo também precisa ficar atento a qualquer
mudança, como novas pintas ou alterações na cor e formato das que já existem.
“Quem tem antecedentes na família ou quem já teve câncer ou lesões
pré-cancerosas precisam ficar alertas. Além disso, quem tem o sistema
imunológico enfraquecido também pode desencadear a doença com maior
facilidade”, explica a dermatologista.
O ideal
é seguir criteriosamente as dicas de prevenção. Quem tem fatores de risco deve
ser acompanhado por um dermatologista. “Em casos de alto risco, a recomendação
pode ser a prevenção total contra exposição solar. Para essas situações, o
especialista pode recomendar suplementação com vitamina D para evitar a
deficiência e conseguir manter o paciente o mais longe possível do sol”, finaliza.
Nenhum comentário:
Postar um comentário