FONTE: Agência Brasil, TRIBUNA DA BAHIA.
Meninas na faixa etária de 12 e
13 anos têm até o fim do mês de dezembro para receber a vacina contra o HPV. A
partir de 1º de janeiro de 2015, essa imunização só estará disponível na rede
pública para meninas de 9 a 11 anos, e em 2016, só meninas de 9 anos terão
acesso à vacina. Segundo o ministro da Saúde, Arthur Chioro, essa é a idade
preconizada pela Organização Mundial da Saúde.
Em 2014, a vacina passou a fazer
parte do calendário de imunização, portanto, mesmo as meninas de 11 a 13 anos
que ainda não tomaram a primeira dose poderão procurar um posto. “A menina que
fez 11 anos vai ao posto, recebe a primeira dose, seis meses depois, a segunda,
cinco anos depois, recebe a dose de reforço”, explicou Chioro, em entrevista à
Agência Brasil.
Enquanto 97,7% do público-alvo
passaram pela primeira fase da imunização, apenas 49% das 4,9 milhões de
meninas na faixa etária tomaram a segunda dose. “Não há proteção sem a segunda
dose”, ressaltou o ministro.
Chioro atribui a baixa adesão a
três fatores. Primeiramente, essa é uma faixa etária que não tem outras
vacinas, então é mais difícil alcançá-la. O ministro também acredita que a
estratégia adotada no começo da campanha era mais eficiente - “estados e
municípios, que são os responsáveis pela aplicação, levaram a vacina às escolas
e aos postos de saúde, mas na segunda ela foi disponibilizada apenas nos
postos”.
Além disso, o ministro acredita que
algumas meninas ficaram assustadas com a notícia de supostas reações à vacina
no interior de São Paulo. “É uma vacina extremamente segura, não era uma reação
à vacina, era medo, estresse, não pode ser lido pela população como alguma
coisa nociva. O Ministério da Saúde tem absoluta segurança”. Até 2013, 175
milhões de pessoas foram imunizadas em todo o mundo.
A vacina contra o HPV oferecida
no Sistema Único de Saúde protege as meninas contra quatro subtipos da doença,
entre eles o 16 e o 18, responsáveis por 70% dos casos de câncer de colo de
útero. “Se todas as meninas se vacinassem, poderíamos ter a capacidade de
diminuir em 70% os mais de 5.200 óbitos que tivemos em 2012”, disse o ministro.
Os subtipos 6 e 11 são responsáveis por 90% das verrugas genitais e anais.
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