Os aneurismas cerebrais são dilatações normalmente
saculares de troncos de artérias cerebrais ou seus segmentos mais distais, de
natureza congênita, podendo permanecer assintomático durante toda vida do
indivíduo ou apresentar sintomas decorrentes de seu crescimento ou de sua
ruptura.
As sequelas de um aneurisma cerebral dependem primeiro do
tamanho, mas especialmente da localização deste aneurisma. Cabe ressaltar,
entretanto, que não são todos os aneurismas que cursam com sequela, uma vez que
poderão ser tratados (cirurgicamente) em sua fase assintomática.
Aneurismas da circulação anterior e/ou posterior podem se
manifestar com cefaleia (dor de cabeça) de
forte intensidade e instalação súbita, alterações da consciência, rigidez de
nuca e alterações da movimentação ocular. Existem casos mais graves nos quais
pode ocorrer uma paralisia completa da movimentação voluntária do pescoço para
baixo (membros superiores e inferiores). Paralisias de um lado do corpo,
alterações visuais, de coordenação ou transtornos de linguagem também podem
ocorrer.
Assim, percebe-se que a manifestação clínica e sequela
decorrente de um aneurisma cerebral que rompeu podem ser significativas. O
segredo nestes casos é suspeitar desta condição antes do rompimento do
aneurisma, tratá-lo cirurgicamente, e, se necessário, seguir uma rotina de reabilitação
multiprofissional.
Hoje contamos com recursos bastante assertivos para o
diagnóstico precoce de aneurismas cerebrais, pesquisados rotineiramente no
contexto de doença renal policística, familiares com pelos menos duas gerações
com aneurisma, em cefaleias de instalação súbita ou associadas ao exercício,
além de outras situações específicas. Na dúvida, deve-se procurar o médico para
melhor esclarecimento.
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