FONTE: Gabriela Moreira, para
o ESPN.com.br (espn.uol.com.br).
O pedido de fraude foi feito num pedaço de papel rasgado e entregue nas
mãos da equipe de arbitragem. Em seis linhas e meia, Mario Jorge Marques
Guimarães, assessor agora afastado da Ferj, foi direto: "Tira do nº 6 e
põe no nº 5. O n° 6 é meu filho". Foi assim o pedido feito ao árbitro
Alexandre Vargas Tavares de Jesus na partida entre Flamengo e Corinthians, pela
Copa do Brasil sub-17.
O
bilhete, ao qual o ESPN.com.br teve acesso, será encaminhado à
Comissão de Arbitragem da CBF. Mário é professor de educação física e durante
quase 20 anos atuou no futebol carioca e nacional, quando era assistente da
Ferj e da CBF.
O
filho de Mário é o jogador Theo, da base do Flamengo, e por ter levado o
amarelo na partida está fora da semifinal da competição, que será disputada com
o Vitória.
De
acordo com Alexandre Vargas, antes do jogo, Mário já havia entrado no vestiário
sem pedir autorização. Os fatos foram narrados na súmula da partida:
"Antes
de iniciar a partida, o assessor de arbitragem da Federação de Futebol do Estado
do Rio de Janeiro, identificado como senhor Mário Jorge, entrou no vestiário da
arbitragem, sem que fosse convidado, e, imediatamente, solicitei que se
retirasse do recinto, e ele assim o fez. Porém, após o término da partida, este
mesmo senhor entrou novamente no vestiário da arbitragem, sem que fosse
convidado e, para a surpresa deste quarteto, solicitou que retirássemos a
advertência dada para o atleta de número 6 do CR flamengo, senhor Théo Maia
Marques de Oliveira, e colocássemos para o atleta de número 05, senhor Rafael
Santos de Sousa, alegando que o atleta advertido fosse seu filho e que estaria
suspenso com o cartão recebido", escreveu o árbitro.
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