Um novo estudo sugere
que os distúrbios respiratórios do sono podem estar associados ao declínio
mental precoce e ao mal de Alzheimer. Tratar a apneia do sono com CPAP
(aparelho para pressão positiva contínua das vias aéreas) pode adiar bastante o
aparecimento de distúrbios cognitivos.
Os pesquisadores
coletaram informações sobre a incidência de apneia do sono (distúrbio de
respiração caracterizado por interrupção da respiração e ronco) de um grupo de
2.470 pessoas, com idade média de 73 anos.
Após o ajuste de
diversas variáveis, eles descobriram que as pessoas com distúrbios respiratórios
do sono desenvolveram deficiência cognitiva em média dez anos mais cedo que as
pessoas que não tinham esses problemas.
Todavia, para as
pessoas que usaram CPAP, o aparecimento de deficiências cognitivas foi
retardado em dez anos em média, em comparação com as pessoas que não receberam
tratamento – período de tempo quase igual ao de pessoas que não tinham
distúrbios de sono.
O Dr. Ricardo S.
Osorio, principal autor do estudo e professor pesquisador de Psiquiatria do
Centro Médico Langone da Universidade de Nova York, afirmou que a análise –
publicada on-line no periódico Neurology – foi um estudo observacional que não
estabeleceu uma relação de causa e efeito.
"Todavia,
precisamos aumentar a consciência de que os distúrbios do sono podem aumentar o
risco de deficiência cognitiva e talvez de mal de Alzheimer", acrescentou.
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