FONTE: Eduardo Schiavoni, do UOL, em Americana (SP) (noticias.uol.com.br).
A Fundação Parsemus,
dos Estados Unidos, deve lançar um método contraceptivo para ser utilizado por
homens até 2017. O produto está em fase de testes. Segundo os cientistas, o
remédio não tem contra-indicações e não modifica a produção de hormônios masculinos.
O mecanismo
desenvolvido pela empresa consiste na aplicação de um gel, chamado Vasalgel nos
vasos deferentes, que ficam nos testículos. O gel bloqueia a passagem dos
espermatozóides, da mesma forma como aconteceria se o homem fizesse uma
vasectomia. A diferença é que a situação pode ser revertida com a aplicação de
uma injeção de bicarbonato de sódio no local. O medicamento, que pode funcionar
por até por dez anos, tem custo estimado para a comercialização inferior a US$
400 (cerca de R$ 1,5 mil).
Até o momento, os
testes mostraram que o produto é eficaz em animais, mas as experiências em
seres humanos ainda não foram realizadas. A Fundação Parsemus é uma organização
norte-americana sem fins lucrativos voltada ao desenvolvimento de medicamentos
com baixo custo.
"Vasalgel é uma ação prolongada, contraceptivo não hormonal semelhante à vasectomia , mas com uma vantagem significativa : é provável que seja mais reversível", afirma a Parsemus, em nota.
Segundo Elaine Lissner, diretora da ONG, a expectativa do produto, é reduzir substancialmente o número de gestações não programadas. "Homens possuem, hoje, basicamente as mesmas opções anticoncepcionais que tinham há cem anos. Ou usam camisinha, ou fazem vasectomia, que é permanente. O Vasalgel trata-se de uma nova opção, reversível e acessível", afirmou.
Pesquisa.
"Vasalgel é uma ação prolongada, contraceptivo não hormonal semelhante à vasectomia , mas com uma vantagem significativa : é provável que seja mais reversível", afirma a Parsemus, em nota.
Segundo Elaine Lissner, diretora da ONG, a expectativa do produto, é reduzir substancialmente o número de gestações não programadas. "Homens possuem, hoje, basicamente as mesmas opções anticoncepcionais que tinham há cem anos. Ou usam camisinha, ou fazem vasectomia, que é permanente. O Vasalgel trata-se de uma nova opção, reversível e acessível", afirmou.
Pesquisa.
A pesquisa começou em
2010, depois que a Fundação Parsemus adquiriu os direitos sobre um medicamento
chamado RISUG, desenvolvido e comercializado na Índia, há cerca de três
décadas. Após pequenas modificações no contraceptivo, a empresa realizou teste
bem sucedidos realizados em coelhos por 12 meses.
No ano passado, a
Parsemus aplicou o produto em babuínos, que tiveram acesso irrestrito a 15
fêmeas para copular. Seis meses depois, nenhuma ficou grávida. Os experimentos
em macacos continuam a ocorrer e, depois de finalizados, a intenção é testar o
produto em humanos.
A Parsemus ressalta,
no entanto, que, como a produção do contraceptivo não interessa às grandes
indústrias farmacêuticas, as pesquisas dependem da doação de apoiadores. Perto
de mil pessoas já doaram e mais de 23 mil assinaram uma lista de apoio à
pesquisa, segundo a instituição.
Mudança.
Mudança.
Segundo a socióloga
Denusa Alcades da Unesp (Universidade Estadual Paulista), a chegada de um
contraceptivo masculino ao mercado é importante para que haja uma divisão maior
da responsabilidade entre homens e mulheres para evitar a concepção indesejada.
"Ainda é comum dizerem que a mulher foi a responsável pela gravidez, que o
homem não sabia. A responsabilidade cai toda sobre a mulher. Um método
masculino ajuda a equilibrar essa situação, tira o peso que está só nas costas
femininas", conta.
Já o psicólogo e
sexólogo Daniel Denardi, a medida é importante também para os homens, já que,
com isso, eles passam a depender apenas de si para evitar a concepção.
"Muitos homens já crescem com a preocupação e responsabilidade em só
conceber um filho quando preparados e gostariam de também ter o poder de
controlar esta situação. Com essa tecnologia, isso se torna possível, sem
depender da mulher", disse.
Para Denardi, o
medicamento poderá ajudar, também, homens que não se adaptam ao sexo com
preservativo. "Além disso, há casos onde a mulher não pode utilizar
contraceptivos hormonais. Em todos os casos, é uma excelente notícia",
conclui.
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