terça-feira, 4 de dezembro de 2018

ANDAR COM OS PÉS DESCALÇOS DÁ CÓLICA?...


FONTE: *** Gabriela Ingrid,, em São Paulo, https://vivabem.uol.com.br



                            
                         

"Sempre me disseram que andar descalça em pisos frios poderia causar cólicas. É verdade?"

Não, essa é mais uma lenda urbana, assim como a história de que ficar com o cabelo molhado também causa cólica. Não existe nenhuma evidência científica de que expor-se ao frio aumente esse tipo de dor.

O desconforto na região pélvica ou no baixo-ventre geralmente tem duas causas. A mais comum tem relação com o ciclo menstrual: é a liberação da prostaglandina, uma substância que promove a contração do útero para a eliminação do sangue menstrual. Todas as mulheres têm essa liberação, mas algumas têm em excesso, o que explica o fato de que nem todo mundo sente cólica antes de menstruar.


Outra explicação para as cólicas pode ser alguma doença, mas isso é só quando ela não passa mesmo com tratamentos. Pólipos, mioma uterino e endometriose estão entre as causas. De acordo com um levantamento realizado pela Fundação Mundial de Pesquisas em Endometriose em dez países, existe um tempo médio de sete anos entre os primeiros relatos dos sintomas, como pontadas no ventre e dificuldade para engravidar, e a confirmação da disfunção. Portanto, é fundamental buscar auxílio médico ao perceber os primeiros sinais para esclarecer a causa do problema e descobrir o melhor tratamento.

Se a cólica estiver relacionada a alguma doença, o tratamento dependerá de suas particularidades. Caso um problema mais grave tenha sido descartado, o alívio pode ser obtido por meio de medicamentos anti-inflamatórios não hormonais, contraceptivos hormonais, dispositivos intrauterinos ou até mesmo medicamentos hormonais, que podem levar a mulher a ficar sem menstruar.

Praticar atividades físicas também ajuda, já que diminui a liberação excessiva de prostaglandina. Fisioterapia para fortalecer a musculatura do baixo-ventre e investir em uma dieta rica em fibras e vegetais, vitaminas B1, B6 e E, além de gorduras boas proveniente dos peixes, é outro hábito que contribui para a redução do desconforto.

*** Fontes: Aricia Giribela, ginecologista da Sogesp (Associação de Obstetrícia e Ginecologia do estado de São Paulo); Zuleide Felix, ginecologista da Febrasgo (Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia).

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