O anúncio da retirada foi feito
hoje por ministro de Energia do país.
O Catar decidiu se retirar da Organização dos Países
Exportadores de Petróleo (Opep), a partir de 1º de janeiro, para que possa se concentrar
em planos de ampliar sua produção de gás natural.
O anúncio da retirada foi feito hoje pelo ministro de Energia do país,
Saad Sherida al-Kaabi, durante coletiva de imprensa em Doha e confirmado no
Twitter oficial da Qatar Petroleum, estatal responsável por atividades de
petróleo e gás no Catar.
Segundo al-Kaabi, a Opep já foi informada da decisão e o objetivo do
Catar é impulsionar sua produção anual de gás de 77 milhões de toneladas para
110 milhões de toneladas nos próximos anos.
"Não quero ir à reunião e falar do orçamento do ano (2019), quero
ser transparente. Falei com o secretário-geral e lhe disse que queremos nos
centrar no negócio do gás e comentei com ele as nossas intenções de ir à
reunião desta semana e ele aceitou. Não queremos surpreender os membros",
afirmou Kaabi. O ministro declarou que a decisão de deixar a OPEP "não tem
a ver com o bloqueio" econômico que Arábia Saudita, Emirados
Árabes Unidos (EAU), Bahrein e Egito impõem contra Doha
desde junho de 2017.
"Quando um país quer sair da OPEP tem que fazer um pedido e depois
se aceito, para que esteja fora no prazo de um mês", explicou Kaabi. O
Catar mantém relações diplomáticas frágeis com seus vizinhos Arábia Saudita,
Emirados Árabes Unidos, Bahrein e Egito desde junho de 2017, devido a que esses
quatro países acusam Doha de patrocinar o terrorismo.
O Catar, que é membro da OPEP desde 1961, é o maior exportador de gás
natural do mundo, com cerca de 128,645 bilhões de metros cúbicos por ano,
segundo dados da organização. O pequeno emirado, o menor país da OPEP por
tamanho e população, conta com a terceira maior reservas de gás natural do
mundo, calculada em 23,8 trilhões de metros cúbicos.
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